O Globo com agências de notícias
A taxa de rejeição da presidente subiu cinco pontos percentuais

BUENOS AIRES - Cristina Kirchner viu sua popularidade cair quase 3 pontos percentuais após a marcha de apoio às investigações do caso Nisman e do atentado à Amia. Segundo pesquisa da consultoria Management and Fit divulgada hoje, a popularidade da presidente passou de 32,5% para 29,8%. A taxa de rejeição aumentou de 58,6% para 63,5% de acordo com a mesma pesquisa que entrevistou 2400 argentinos em idade de votar.
A pesquisa foi feita após a “Marcha do Silêncio”, em Buenos Aires. Convocada por promotores que trabalharam com Nisman um mês após sua morte, a passeata levou às ruas uma ampla multidão e recebeu apoio da oposição argentina. Participaram dois candidatos à presidência nas eleições de 24 de outubro: o deputado peronista Sergio Massa e o chefe de Governo de Buenos Aires, Mauricio Macri, não peronista. A marcha foi um protesto contra a intervenção nos tribunais. Os promotores alegaram que sofrem ameaças regularmente.
Com a inflação em alta e a economia no limite de entrar em recessão, outras pesquisas mostraram queda na popularidade de Cristina. A Newspaper Perfil disse que a aprovação da presidente caiu quatro pontos, para 29,1%, no final de janeiro em comparação com o mês anterior.
O atentado de Amia matou 85 pessoas em 1994, e se tornou o ataque mais mortífero contra judeus desde o Holocausto. Nisman divulgou na imprensa que teria provas de que Cristina e outros agentes do governo acobertaram ex-funcionários do governo iraniano pelo ataque. O corpo do promotor foi encontrado no dia 18 de janeiro, no banheiro do seu apartamento, com uma bala na cabeça e uma pistola no chão.