terça-feira, 11 de março de 2025

Biden torrou mais de US$ 1 trilhão com políticas de diversidade, revela estudo

Relatório demonstra os impactos na educação e nas Forças Armadas dos EUA


Joe Biden palestra durante evento do Orgulho LGBT | Foto: Casa Branca/Divulgação 

Um relatório produzido pela Functional Government Initiative e pelo Center for Renewing America revelou que o governo de Joe Biden destinou mais de US$ 1,1 trilhão a programas voltados para diversidade, equidade e inclusão (conhecidos pela sigla DEI) em diversas agências federais dos Estados Unidos. 

O estudo, publicado na segunda-feira 3, analisou os gastos em 24 órgãos do governo e identificou 460 programas que alocaram recursos para iniciativas relacionadas à DEI. O relatório ainda revela que o crescimento do investimento em políticas de diversidade se deu a partir de uma série de ordens executivas assinadas por Biden desde o primeiro dia de seu mandato. 

O Decreto 13.985, assinado em 20 de janeiro de 2021, estabeleceu uma abordagem governamental para incorporar DEI em todas as áreas da administração pública. Em fevereiro de 2023, Biden expandiu essa iniciativa ao exigir que todas as agências federais elaborassem planos anuais de ação para equidade. 

“O governo Biden aparentemente gastou trilhões em iniciativas relacionadas à DEI de uma maneira e em uma velocidade que obscureceram a percepção pública sobre o peso financeiro desse compromisso”, afirma o estudo. 

Os pesquisadores acreditam que a real dimensão dos gastos pode ser ainda maior, já que nem todas as despesas puderam ser contabilizadas com precisão. 

Educação era o alvo das políticas de Biden

 Os órgãos com os maiores investimentos em DEI incluem o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, que alocou US$ 678 bilhões em programas de inclusão social, e o Departamento de Educação, com US$ 135 bilhões em projetos voltados para equidade racial e acesso ampliado ao ensino. 

Outras agências com gastos expressivos incluem o Departamento de Transporte, com US$ 62,7 bilhões; o Departamento de Comércio, com US$ 52,4 bilhões; e o Departamento de Defesa, com US$ 33,3 bilhões.




Os programas financiados abrangem desde treinamentos de diversidade e inclusão para funcionários públicos até subsídios para empresas lideradas por minorias e assistência a comunidades “historicamente desfavorecidas”. 

Um dos exemplos mencionados pelo estudo é o pagamento de US$ 2,2 bilhões a fazendeiros negros e outras minorias que supostamente enfrentaram discriminação ao solicitar empréstimos do Departamento de Agricultura. 

Forças Armadas inclusivas

\ O relatório argumenta que muitas das iniciativas de DEI resultaram em “desvios de recursos para políticas controversas” e que a falta de transparência nos gastos pode gerar grandes impactos fiscais.

Outro ponto destacado é o efeito dessas políticas no setor militar. O Departamento de Defesa teria solicitado US$ 114,7 milhões para programas de diversidade em 2024, um aumento em relação aos US$ 68 milhões investidos em 2022. 

O relatório questiona a eficácia dessas políticas dentro das Forças Armadas e revela que parte dos recursos foi usada para iniciativas como avaliações sobre equidade de gênero e inclusão de minorias nos processos de recrutamento e promoção. 

Com a eleição de Donald Trump, o relatório recomenda que o Congresso e o Executivo revisem esses gastos e considerem a possibilidade de cortes em programas que não apresentem impacto mensurável. “A eliminação de programas DEI explicitamente dedicados poderia gerar economia imediata e significativa para os cofres públicos”, considera. 

O relatório sugere três categorias de ação para os programas analisados: eliminação total, redução dos investimentos ou auditoria para avaliar sua real necessidade. Segundo os pesquisadores, uma reavaliação desses gastos poderia direcionar os recursos para outras prioridades governamentais.


Revista Oeste