sexta-feira, 3 de julho de 2020

Apesar da trégua aparente, STF mantém “espada de Dâmocles” sobre Bolsonaro

Se Jair Bolsonaro mudou seu comportamento beligerante, trocando seu “presidencialismo de colisão” pelo estilo “paz e amor”, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que se revezavam nos insultos contra o chefe do Poder Executivo, também experimentam uma espécie de “recuo tático”. 
Mas a trégua é apenas aparente. 
Os ministros do STF suspenderam as hostilidades, mas mantêm a “espada de Dâmocles” sobre a cabeça do presidente. Se bobear, ela pode até ser “decepada”.
O ministro Celso de Mello, aquele a quem o jurista Saulo Ramos - que o indicou a STF - classificou como 'um juiz de merda' - retarda a decisão sobre o depoimento à Polícia Federal como a lembrar, a cada dia, que o presidente é “caso de polícia”.
Celso de Mello sabe, mais que ninguém, que se reconhece no presidente da República a prerrogativa de prestar depoimento inclusive por escrito.
Se Mello está a menos de quatro meses da aposentadoria, Alexandre de Moraes (tucano comparsa de FHC, Aécio e Serra, e indicado à Corte por Temer), da “oposição” a Bolsonaro no STF, tem todo o tempo do mundo.
Moraes estendeu por seis meses sua própria “espada de Dâmocles” contra o presidente da República: o inquérito das fake news.
Quer dizer, o STF faz chantagem explícita ao presidente da República. 
Pudera!
Os 11 ministros do Supremo foram indicados por Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma e Temer. 
Com efeito, não é necessário ser 'doutor' para concluir com que finalidade esses tipos foram parar no STF. 
Para fazer o jogo sujo, o elenco atual da Corte é insuperável. 
Com informações de Cláudio Humberto, do Diário do Poder.