sexta-feira, 17 de abril de 2020

Biossegurança Nível 4: laboratório em Wuhan é o 1º da China

Biossegurança Nível 4: laboratório em Wuhan é o 1º da China
Divulgação


Cientistas trabalhando em laboratórios BSL-4, como o de Wuhan, geralmente lidam com doenças extremamente perigosas


Um prédio classificado como “Biossegurança Nível 4 (BSL-4)” é o tipo mais perigoso de instalação de pesquisa de patogêneses, o tipo de estrutura que você vê em filmes de Hollywood sobre pandemias apocalípticas. 
Este nível de segurança é requisitado para se trabalhar com “agentes perigosos e exóticos que representam algum risco individual de doença fatal”.
Esses grandes laboratórios de contenção têm seus próprios cômodos ou funcionam em áreas completamente isoladas do restante do prédio onde estão. 
Instituto de Virologia de Wuhan é o primeiro da China a receber a certificação BSL-4.
Localizado perto do rio Yangtze, o laboratório recebeu “certificado de reconhecimento e autenticação para instalação e comissionamento de equipamentos de proteção crítica”, diz o site.
Este laboratório está nos holofotes da imprensa internacional desde que evidências apontaram para o instituto como o ponto de partida da pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 2 milhões de pessoas mundo afora.
Os funcionários dos laboratórios BSL-4, como o de Wuhan, geralmente trabalham com doenças extremamente perigosas e que podem causar a morte de seres humanos. 
As precauções e medidas de segurança que os trabalhadores devem tomar são extraordinárias e incluem a filtragem do ar e o tratamento de água e resíduos antes de deixar as dependências do laboratório. 
Citamos abaixo alguns tipos de monstros invisíveis a olho nu — além do coronavírus — que são manipulados em instalações BSL-4:
  • Febre hemorrágica Crimean-Congo;
  • Ebola;
  • Junin;
  • Febre de Lassa;
  • Machupo;
  • Vírus de Marburg;
  • Gripe aviária;
  • Absettarov;
  • Hanzalova;
  • Hypr;
  • Kumlinge;
  • Doença de Kyasanur Forest;
  • febre hemorrágica de Omsk;
  • Encefalite de primavera-verão da Rússia.
Tarciso Morais, RenovaMidia