segunda-feira, 27 de abril de 2020

A interferência de Lula, corrupto número 1 da República, no comando da Polícia Federal

O ex-presidente indicou para o
cargo Luiz Fernando Corrêa, 
que mantinha “ligação estreita
com o movimento sindical”




“O presidente ______________________ realizou trocas nos comandos da PF e da Abin porque deseja ter mais informações sobre as grandes operações da Polícia Federal e por avaliar que a Agência Brasileira de Inteligência é ineficiente. Em conversas reservadas, ________________ se queixa de saber de ações da PF pela imprensa”.
Embora os últimos acontecimentos políticos nacionais possam sugerir que os espaços em branco sejam preenchidos com o nome “Jair Bolsonaro”, o parágrafo acima foi retirado de uma reportagem de 11 de setembro de 2007, publicada na Folha de S.Paulo com o título “Insatisfação de Lula motivou as alterações na PF e na Abin”.
“Na Operação Xeque-Mate, a voz do presidente da República chegou a ser gravada. Quando soube disso, Lula ficou contrariado”, conta a reportagem. “A PF não deu destaque ao teor do diálogo no inquérito da investigação sobre jogos ilegais. Avaliou que a conversa não tinha importância”. Em outro trecho, a matéria diz que “assessores palacianos avaliavam que a PF estava fora de controle e que as autoridades do governo, muitas vezes, tomavam conhecimento de assuntos sensíveis pelos jornais”.
Passados 12 anos da reportagem, Sérgio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça acusando Bolsonaro, entre outras coisas, de querer interferir na Polícia Federal. “O presidente me disse mais de uma vez que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele [na Polícia Federal], que ele pudesse ligar, colher relatórios de inteligência”, acusou Moro.
Em 2007, Lula negou a interferência, mas acabou indicando para o cargo Luiz Fernando Corrêa, que mantinha “ligação estreita com o movimento sindical”. Nesta sexta-feira, Bolsonaro negou a interferência, mas acabou indicando para o cargo Alexandre Ramagem, amigo de Carlos Bolsonaro, filho do presidente.
Carlos Bolsonaro (no centro, de camiseta cinza), ao lado de Alexandre Ramagem (camisa estampada)

Com informações de Branca Nunes, Revista Oeste