O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse que "o momento é de união" e, depois de autorizar o uso da Força Nacional para apoiar as ações do Ministério da Saúde no combate ao vírus chinês, adotou uma linha semelhante à do vice-presidente Hamilton Mourão na semana passada:
"O governo é um só".
O ministro corrigiu inclusive uma informação divulgadas. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro não interferiu na portaria do dia 20 de março que restringiu a entrada, por via aérea, de estrangeiros de 12 blocos e países e foi criticada por preservar a entrada de cidadãos dos EUA, então o sexto país em número de contaminados pelo coronavírus.
“Não houve interferência do presidente”, disse Moro, garantindo que a decisão foi do Ministério da Justiça e explicando que nenhum país das Américas havia sofrido restrição e não havia, então, motivo para limitar só a entrada de cidadãos dos EUA.
Por telefone, Moro disse que a ação da Força Nacional será coordenada com o Ministério da Saúde, com deslocamentos pelo País a pedido do ministério e em sintonia com os governos estaduais. A intenção é fazer a escolta de agentes de saúde em lugares inseguros e do transporte e distribuição de medicamentos e instrumentos onde for necessário. Seguindo o exemplo das Forças Armadas, a Força Nacional também deverá participar de ações de higienização de lugares públicos de grande movimento, como rodoviárias.
Na opinião de Moro, é preciso seguir as orientações do Ministério da Saúde para conter a contaminação e minimizar os índices de letalidade do coronavírus, mas é importante também se preocupar com aqueles que, como os ambulantes, precisam ir às ruas para ganhar seu sustento.
Com informações de O Estado de São Paulo