segunda-feira, 30 de março de 2020

Bolsonaro evita comentar isolamento estendido nos EUA: 'Brasil é diferente'

 Sobre a decisão de Trump de mudar o combate ao vírus chinês, Bolsonaro disse: "Eu vou não vou discutir. Brasil é diferente de qualquer outro país"
 O presidente Jair Bolsonaro disse estar trabalhando com responsabilidade tanto em relação ao novo coronavírus quanto aos impactos na economia. Declarou que é preciso resolver o problema e questionou se seria necessário trocar o presidente da República.
"Parece que o problema é o presidente. É que o presidente tem responsabilidade, tem que decidir. Não é apenas a questão de vida, é a questão da economia também, a questão do emprego. Se o emprego continuar sendo destruído da forma como está sendo, mortes virão por outros motivos", declarou.
O presidente também evitou comentar a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de mudar o rumo no combate à covid-19. Trump estendeu o isolamento social no país norte-americano até o dia 30 de abril. "Eu vou não vou discutir. Brasil é diferente de qualquer outro país", declarou Bolsonaro. 
Jair Bolsonaro
'Imprensa, vocês estão aqui trabalhando.Tem que ficar em casa, pô. Quarentena, pô', 
disse o presidente Foto: Dida Sampaio / Estadão


DECRETO

Bolsonaro repetiu que pensa em editar um decreto para liberar ao trabalho pessoas cujas atividades sejam consideradas essenciais durante a pandemia de covid-19. Ele não garantiu, porém, se realmente e quando publicará o ato. "Se o Brasil continuar tendo seus empregos destruídos, vocês vão ver a desgraça que vai se abater sobre o País", disse.
Quando perguntado sobre detalhes do possível decreto, Bolsonaro classificou como atividade essencial "todo mundo que precisa levar um prato de comida para casa.

Informais. Nesta segunda-feira, 30, o Senado vota a proposta que garante um vale de R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados. Bolsonaro afirmou que, com a aprovação do projeto, o pagamento do "voucher" vai ser operacionalizado pelo governo "o mais rápido possível".

Com informações de Daniel Weterman, O Estado de S.Paulo