Indicado para a Diretoria de Política Econômica do Banco Central (BC), o economista Fábio Kanczuk afirmou que é com estabilidade monetária que o País convergirá para taxas de juros a níveis mais adequados, “seguindo sempre firmes no objetivo de contribuir para um ambiente de crescimento econômico sustentável".
Kanczuk participa desde a manhã desta terça, 29, de sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Formado em engenharia eletrônica, Kanczuk tem mestrado e doutorado em economia. Ele será o substituto de Carlos Viana de Carvalho, que deixou o cargo recentemente e cumpre período de quarentena.
"Vivi a vida inteira como economista vendo a Selic em níveis altíssimos, de 30% ao ano. Parecia coisa impossível de ser reduzida", lembrou. “A batalha sobre o nível do juro primário no Brasil parece ter sido vencida pelo BC".
O economista afirmou que, apesar do recuo da Selic ao longo dos anos, o juro cobrado dos clientes pelos bancos, na ponta, ainda é "superalto". "De longe, o primeiro tópico de relevância é a redução dos juros na ponta", afirmou aos senadores. "Se eu tiver a honra de ser aprovado por essa comissão, a preocupação número um é essa: redução de juros na ponta", disse.
O economista defendeu ainda que o Banco Central tem assegurado um sistema financeiro “sólido e eficiente, capaz, entre outras funções, de prestar serviços financeiros adequados à população, de permitir um planejamento e gerenciamento adequado dos riscos financeiros, uma intermediação eficiente de recursos, contando sempre com regulação prudencial e com supervisão abrangente e profunda, reconhecidas por sua eficácia e sucesso".
Fabrício de Castro, O Estado de S.Paulo