- Joias, carros, vinhos... Beverly Hills tem o melhor do melhor - afirma.
Black, que começou a carreira como manobrista e hoje é o principal bartender do £10, um scotch bar minúsculo dentro do hotel Montage Beverly Hills, adquiriu um conhecimento excepcional do destilado. Nas horas vagas, é cowboy, e gosta de lidar com o gado nos fins de semana. Aqui estão cinco de seus lugares preferidos em Beverly Hills.
1. Wally's
O padrão de Black para bares e afins obviamente é bem alto, mas o ambiente desse bistrô excepcional, a três quadras do hotel onde trabalha, se mostra irresistível.
- O clima do bar é muito gostoso, os drinques são bem-feitos e os bartenders, superatenciosos - descreve.
As mesas com tampo de mármore são guardadas de ambos os lados por prateleiras lotadas de garrafas de vinho até o teto, o que não deixa de ser uma imagem impressionante (são mais ou menos nove mil garrafas). "Tem muita energia ali dentro", comenta.
447 North Canon Drive ; wallywine.com
2. Urth Caffe
De vez em quando os pais de Black saem de Las Vegas, onde moram (o pai dele cultiva maconha medicinal, e a mãe disputa corridas de barril nos rodeios), para lhe fazer uma visita e esse é um de seus lugares favoritos. Os pratos servidos no brunch são fartos e o serviço, ágil, mas é a infinidade de opções de sobremesa que encanta a clientela: torta de banana e creme, tiramisù de matcha, royale de coco... O cardápio, bem variado, é perfeito para a família toda:
- Minha família é daquelas que pedem sete pratos e todo mundo come tudo, mas minha mãe alucina com os bolos.
Há oito filiais espalhadas pela cidade, incluindo a novidade no Aeroporto Internacional de Los Angeles.
267 South Beverly Drive; urthcaffe.com
3. Momed
Dentro desse restaurante em estilo mediterrâneo, espaçoso e despretensioso, a vitrine exibe porções coloridas de muhammara turca (um dip de pimentão vermelho assado) e homus cremoso, e há mesas na calçada para quem gosta de observar o movimento na South Beverly Drive. Para Black, é o cenário perfeito para um jantar no início da noite, antes de começar a trabalhar; o happy hour diário (das 14h30 às 17h30) inclui travessas de mezze a US$ 5, sempre servidas com um cesto de pão pita quentinho.
- O custo-benefício é surpreendente em uma cidade onde as entradas geralmente são caras demais e nem sempre tão boas - afirma.
233 South Beverly Drive; atmomed.com
4. Wallis Annenberg Center
Uma agência de correio dos anos 30, reformada – que hoje funciona como centro de artes performáticas, com um salão principal de 500 lugares e outro, menor, de 150, para produções menores –, se tornou um importante centro comunitário no meio de uma área quase que exclusivamente comercial. A estrutura tem um significado especial para Black, que pretendia ser ator quando se mudou para Los Angeles.
- É fantástico ver que a cidade compreende e dá valor à comunidade artística - afirma, destacando a qualidade das produções recentes, como "A Long Day's Journey Into Night" e o monólogo de Joe Morton, "Turn Me Loose". - Vivemos na capital nacional da criatividade, mas até a inauguração deste centro, em 2013, não havia muitos lugares onde se podia assistir a espetáculos de qualidade.
9390 North Santa Monica Blvd.; thewallis.org
5. Virginia Robinson Gardens
Quando não está servindo doses de uísque de US$ 300 ou tentando conciliar reservas de última hora no bar, Black pega a North Beverly Drive, aproveitando para admirar a opulência ao longo do caminho que já apareceu em inúmeros filmes:
- São casas incríveis. Tem uma com o jardim coalhado de estátuas de animais!
Seu esconderijo favorito? O Virginia Robinson Gardens, uma propriedade de quase 2,5 hectares construída em 1911 com uma minifloresta de palmeiras-reais, um jardim de rosas e uma mansão em estilo Beaux-Arts. A dona, a socialite Virginia Dryden Robinson, já falecida, era conhecida pelos gostos extravagantes e os hóspedes famosos que recebeu (Fred Astaire costumava jogar tênis no quintal).
- Ela era bem festeira; bom, pelo menos é assim que ficou conhecida - conclui Black.
1008 Elden Way (somente com hora marcada); robinsongardens.org
Alex Schechter / 2019 / The New York Times