segunda-feira, 5 de novembro de 2018

"O efeito Moro", por José Nêumanne

Simples perspectiva de juiz da Lava Jato

 no Ministério da Justiça de Bolsonaro

 serviu para adiar reunião marcada no 

STJ para reduzir em menos de um terço

 prazo para prescrição de crimes de dez

para três anos



Anúncio de Moro ministro da Justiça conteve ímpeto benemérito da cúpula do Judiciário. Foto: Sílvia Izquierdo/AP
O anúncio de que o juiz Sérgio Moro será superministro da Justiça no governo Bolsonaro já produziu um efeito benéfico na pauta da cúpula da Justiça brasileira. 
Estava marcada para 7 de novembro a reunião da 2.ª Seção do STJ para reduzir o prazo de prescrição de crimes cometidos de dez para três anos – menos de um terço – e ela foi cancelada depois da notícia. 
Com isso, as empresas interessadas, principalmente as grandes empreiteiras, como a Odebrecht, que seriam beneficiadas com mais esse mimo da alta aristocracia judiciária, não o serão mais, o que é uma rara boa novidade produzida pela benemerência dos ministros das altas cortes, sempre “compreensivos” com ricaços. 

O Estado de São Paulo