“Não tem nada de anormal. O presidente da República escolhe quem é da confiança dele. Eu não sei onde está escrito na Constituição, ou em qualquer lei, que o presidente da República não pode escolher um juiz, um médico, um professor de filosofia para ser alguma coisa”, afirmou.
Segundo Eros Grau, o caso de Wilson Witzel (PSC), eleito governador do Rio de Janeiro, mostra que um ex-juiz pode participar da política pelo Executivo, se quiser. “Ele poderia ser impedido de ser governador do Estado? Não. Então uma coisa não tem nada que ver com a outra, quer dizer, cada um cumpre a sua função, enquanto membro do Poder Judiciário, Legislativo ou Executivo.”
O fato de Sergio Moro ter encarcerado Lula, potencial concorrente de Bolsonaro nas eleições, também não diz nada para o ex-ministro do STF. “Por exemplo, eu gosto mais do Erasmo do que do Roberto Carlos. Você pode gostar mais do Roberto Carlos. Mas isso não muda absolutamente coisa nenhuma. O fato de eu ter simpatia ou antipatia pelas pessoas não tem nada a ver com a sua escolha ou não pelo poder Judiciário, Executivo ou Legislativo.”
Natália Portinari, O Globo