VENEZA - Pela primeira vez, desde que reassumiu, em 2012, a direção artística do Festival de Veneza, Alberto Barbera recusou filmes que poderiam facilmente figurar na programação da mostra deste ano, a 75ª edição da mais antiga competição do gênero no planeta. O evento começa nesta quarta-feira com exibição de “O primeiro homem”, novo filme de Damien Chazelle, premiado diretor de “La la land — cantando estações” (2016).
No longa, Ryan Gosling vive o astronauta Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua.
— Foi um trabalho difícil de curadoria. Nos vimos obrigados a deixar de lado títulos de qualidade, por pura falta de espaço — diz Barbera. — Esta é, com certeza, a melhor safra dos últimos 10 anos. Não é comum observarmos tantas produções excelentes ao mesmo tempo. E não falo apenas do cinema americano, mas também de obras da Europa, América Latina e Ásia.
Vitrine inicial de recentes vencedores do Oscar, como “Birdman ou (a inesperada virtude da ignorância)” (2014), de Alejandro Iñárritu, “Spotlight — segredos revelados” (2015), de Tom McCarthy, e “A forma da água” (2017), de Guillermo Del Toro, Veneza se firmou como concorrida plataforma da temporada de prêmios.
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Carlos Helí de Almeida, O Globo