Isolado nas negociações políticas no Paraná, o deputado federal Delegado Francischini (PSL) desistiu de disputar uma vaga ao Senado. Um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República, o parlamentar paranaense reclamou que acordos locais o impediram de construir uma "candidatura viável".
— O acordão branco, ou sujo, da vez foi para que eu não tivesse nenhuma vaga viável para ser candidato ao Senado. Talvez para não ajudar Bolsonaro, para não mudar o país. Eu, no pequeno PSL, com apenas oito segundos de TV, não dá nem pra falar "meu nome é Enéas" — afirmou Francischini, em vídeo publicado em suas redes sociais.
Francischini vinha negociando uma vaga na chapa liderada por Ratinho Júnior (PSD), candidato ao governo do estado. Na última hora, porém, com a desistência de Osmar Dias (PDT) de disputar o governo, o Podemos, de Alvaro Dias, fechou com Ratinho Júnior e indicou Professor Oriovisto para disputar uma vaga ao Senado.
Francischini figurava em terceiro lugar nas pesquisas, atrás dos ex-governadores Roberto Requião (MDB) e Beto Richa (PSDB). Agora, ele pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, pois já tinha lançado seu filho, Felipe, para o cargo de deputado federal.
Com a desistência do principal aliado, Bolsonaro terá um palanque reduzido no estado, contanto apenas com Ogier Buchi (PSL) como candidato ao governo e Ana Barroso
Eduardo Bresciani, O Globo
