Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte (que se pronunciou em nome da procuradoria) informou que Tomáz Aquino foi à Brasilia para uma reunião com ministros do Supremo Tribunal Federal, marcada de última hora, o que resultaria nos altos custos, pois seria necessário fretar uma aeronave. Ainda segundo a nota, Tomáz Aquino foi à capital federal tratar de verbas não repassadas pelo governo estadual para a Prefeitura de Belo Horizonte, e que, três dias após a viagem, o município recebeu R$ 180 milhões desses recursos, que estavam atrasados.
No entanto, o vereador questiona os valores apresentados pela prefeitura. De acordo com Simões, não seria necessário o fretamento, uma vez que haveria voos constantes entre as duas cidades, que não custam mais de R$ 1 mil, segundo o vereador.
Além disso, mesmo sendo necessário pagar por um fretamento entre as duas cidades sem antecedência – situação em que os valores são mais altos –, o preço não ultrapassaria os R$ 30 mil, segundo levantamento feito pela equipe do vereador.
— Em um município como o nosso, que enfrenta uma crise financeira sem precedentes, é inadmissível que um funcionário público gaste essa quantia em apenas um dia de viagem, apenas para despachar um processo — acusa o vereador.
Simões afirmou que pretende entrar com uma ação popular por conta dos gastos do procurador. Além disso, o vereador já solicitou uma averiguação interna para apurar se o destino do dinheiro foi realmente o apontado pela prefeitura. A Procuradoria-Geral de Belo Horizonte não quis comentar o caso.
Luciano Ferreira, O Globo