Você pode enganar algumas pessoas todo o tempo. Você pode também enganar todas as pessoas algum tempo. Mas você não pode enganar todas as pessoas todo o tempo. (Abraham Lincoln)
Tem um grupo de políticos profissionais de ouvidos ligados aos seus marqueteiros (que sabem enganar para conquistar votos), buscando mascarar na corrida presidencial um virtual candidato de “centro”. Esses farsantes que nem sequer escrevem os próprios discursos, não sabem o que é, na realidade, o Centro Liberal.
Entre os caroneiros do marketing está o sociólogo de fancaria, PHD em enganação, Fernando Henrique Cardoso. Fez-se de arauto do “Centro” como já posou de “Direita” quando polarizava com a “Esquerda” do outro farsante, Lula da Silva, ambos buscando iludir o eleitorado.
Na verdade, me perdoem os seus seguidores fanáticos, nem um nem outro jamais assumiram uma posição ideológica, como oportunistas que são. O PT de Lula foi esquerda apenas para disputar com o PCB do Prestes e o PDT do Brizola; e quando o PSDB de FHC posava de direita, aplicava apenas uma tática para conquistar as correntes conservadoras.
Vamos à realidade: FHC sempre se apresentava como socialista “fabiano”, isto é, um comunista com medo de assumir a “revolução proletária”, como os agnósticos escondem uma definição sobre religião…
O “socialismo fabiano” surgido na Inglaterra um ano após a morte de Marx, cujo parceiro, Engels, não poupou críticas à sua organização, a “Sociedade Fabiana”, defensora do “evolucionismo” em lugar do “revolucionarismo” do movimento comunista.
Para conquistar o poder, os fabianos têm como padroeiro o ditador romano Quintus Fabius Maximus, que na segunda Guerra Púnica derrotou Aníbal usando a estratégia de não enfrentar o inimigo com o exército regular de frente, mas executando pequenos e graduais combates.
A Sociedade Fabiana defende ações não revolucionárias, e sim infiltrando-se social e politicamente com a máscara de democrata e humanista, para obter apoio de tradicionalistas e atingir seu objetivo. Como fabiano brasileiro, FHC defende reformas socializantes e “anti-imperialistas”.
O outro, Lula da Silva, formado na escola dos pelegos sindicais e ajudado pela fração clerical esquerdista da “Teologia da Libertação”, não resistiu às benesses que o poder proporciona; juntou-se à banda podre da política, roubando e deixando roubar. Além de condenado por corrupção, desmoralizou-se agora como defensor do arqui-criminoso Sérgio Cabral, de quem foi parceiro e apoiava eleitoralmente.
A farsa se repete como caricatura. As manobras para chegar ao poder de FhC e Lula, são visivelmente seguidas por Ciro Gomes e Jair Bolsonaro na corrida presidencial. O cearense empunha a bandeira esquerdista e o ex-militar diz-se direitista.
De Ciro é enfadonho falar, por que é uma biruta de aeroporto, usando a velha e desgastada demagogia de defender ideias de acordo com o auditório, chegando a declarar irresponsavelmente que iria receber o juiz Sérgio Moro “na bala” e sequestrar Lula para que não fosse preso; o outro, me lembra Millôr Fernandes, ao escrever que “o Brasil é o inventor do socialismo de direita”.
Bolsonaro, como direitista é um estatista. Mostrou-se ao votar contra a quebra do monopólio estatal do petróleo e cala-se sobre privatizações de empresas estatais necessárias e urgentes; além disso, fez concessão aos picaretas do Congresso ao defender o imoral regime especial de aposentadoria para deputados e senadores. Agora, com o PT, apoiou a greve corporativa dos caminhoneiros.
O confronto secundário está no campo da Botânica, por isso não me meto. Deixo para quitandas e hortifrútis analisar as candidaturas de Marina Melancia e Alckmin Chuchu… Como defensor do Centro Liberal, repudio o logro da inexorável disputa entre a “direita” e “esquerda” nas eleições; e não nego fogo contra as farsas e os farsantes da política.