quinta-feira, 7 de junho de 2018

Dólar turismo chega a R$ 4,14 em casas de câmbio

A um mês das férias de julho, a disparada do dólar está preocupando quem tem viagem marcada para o exterior. O dólar turismo já é negociado por até 4,14 reais para compra em dinheiro nas casas de câmbio. Se for na modalidade cartão pré-pago, a cotação pode chegar a 4,34 reais. Em ambos já está incluso o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O dólar comercial, por sua vez, bateu a marca de 3,90 reais na manhã desta quinta-feira, com valorização de 1,56%. O resultado é reflexo das indefinições no cenário interno. O mercado está cauteloso diante das contas públicas, que devem ter sofrer impacto com o subsídio ao diesel concedido pelo governo para acabar com a paralisação dos caminhoneiros. Além disso, há muitas indefinição em relação aos candidatos à presidência da República.
Para quem está com viagem marcada, a dica é fazer compra parcelada para driblar o impacto da alta da moeda e diluir o efeito dos aumentos.
Outra dica é pesquisar os preços, já que há diferença entre as casas de câmbio. Levantamento feito pela VEJA apurou variação entre 4,04 reais e 4,14 reais na compra em espécie, ambos com IOF. No cartão pré-pago a diferença é um pouco menor, com intervalo entre 4,28 reais e 4,34 reais.
Diante do cenário de alta da moeda, muitos brasileiros estão refazendo as contas para reduzir os gastos com as viagens internacionais. De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV Nacional), reduzir o número de dias, pegar um hotel mais simples e diminuir o consumo têm sido a estratégia usada para quem vai manter o passeio. Há também aqueles que preferem mudar o destino e, neste sentido, o mercado brasileiro começa a ficar mais atrativo.
É necessário ainda cautela no uso do cartão de crédito no exterior, já que não se sabe ao certo qual será a cotação da moeda no fechamento da fatura. Em relação aos cartões pré-pagos, pode ser uma boa alternativa do ponto de vista de segurança, mas é necessário atenção porque o IOF, neste caso, é de 6,38%.
Por Gilmara Santos, Veja