sexta-feira, 22 de junho de 2018

Brasil tem 61,4 milhões de consumidores inadimplentes, afirma Serasa


Número de inadimplentes bate recorde no país - Arquivo


O número de consumidores inadimplentes chegou a 61,4 milhões em maio, um aumento de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e o maior índice desde o início da série, em 2016. Os dados da Serasa Experian também revelam que, em média, são quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.458 por pessoa.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico contribui para manter em patamares elevados as taxas de desemprego no país e, consequentemente, os níveis recordes de pessoas com o "nome sujo".

Bancos e cartões são os maiores motivos de dívidas, seguidos por contas em aberto de água, luz e gás. Em seguida, aparecem os setores de telefonia e varejo.

A faixa etária que concentra mais pessoas com débitos vencidos é a que compreende consumidores de 41 a 50 anos (19,7% do total). Já os idosos com mais de 61 anos respondem por 14,2% do total.

SPC

Pesquisa divulgada recentemente pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostra que sete em cada dez brasileiros deixaram de pagar ou pagaram com atraso pelo menos uma conta no ano passado. Assim como na amostra da Serasa, a maior parte das dívidas está ligada a cartão de crédito (39%), seguido por plano de internet (28%) e de celular e/ou telefone fixo (26%).

Para entidades de defesa do consumidor, o cadastro de restrição ao crédito, que antes comprometia ou dificultava a contratação de serviços e compras a prazo, hoje também está sendo utilizado por empresas para outras finalidades e pode atrapalhar, e muito, a vida dos inadimplentes.

Os consumidores que estão inadimplentes e com o nome na lista de restrição ao crédito não podem ser impedidos de tirar passaporte ou visto para os Estados Unidos, e também podem tomar posse em cargos públicos. Mas para alguns concursos como para Casa da Moeda, Banco Central e BNDES, os candidatos poderão ser eliminados. Na hora de concorrer a uma vaga de emprego em empresa privada, o empregador poderá decidir se contrata ou não uma pessoa com nome sujo. As instituições de ensino também podem recusar a renovação de matrícula.