sexta-feira, 8 de junho de 2018

Apresentado como candidato do presidiário Lula, Haddad salta de 3 para 11%, segundo pesquisa da XP Investimentos


Nova pesquisa encomendada pela XP Investimentos mensurou o potencial de crescimento de uma eventual candidatura do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), à Presidência da República nas eleições de 2018. Apresentado isoladamente, registra 3% das intenções de voto. No entanto, quando associado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu nome dispara e vai a 11%.
Na liderança isolada, segue o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), com 21% das intenções de voto. Todos os candidatos, no entanto, perderiam para a taxa de brancos e nulos, que é de 25%.
Haddad, que administrou a capital paulista entre 2013 e 2016, apareceria nessa simulação empatado numericamente pelo segundo lugar com a ex-ministra Marina Silva (Rede). Se considerada a margem de erro, de 3,2 pontos para mais ou para menos, também entram nesse grupo o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9%, e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%.
Pouco atrás desse pelotão, aparece o senador Álvaro Dias (Podemos), com 6%. No escalão de baixo, o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), com 2%. O líder dos sem-teto Guilherme Boulos (PSOL) e o empresário João Amoêdo (Novo). fecham a relação, com 1% cada.
A pesquisa ouviu, por telefone, 1.000 entrevistados em todo o Brasil entre segunda e quarta-feira desta semana, em um levantamento realizado pelo instituto Ipespe, a pedido da XP. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de confiança, de 95,45%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a identificação BR-05997/2018.
Apesar de se declarar pré-candidato à Presidência, o ex-presidente Lula é considerado inelegível pelo atual entendimento da Justiça Eleitoral a respeito da Lei da Ficha Limpa, que proíbe candidaturas de políticos condenados em segunda instância. Em janeiro, Lula foi sentenciado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no processo do apartamento tríplex do Guarujá (SP). Desde 7 de abril, ele se encontra preso cumprindo pena na sede da Polícia Federal, em Curitiba.

Cenários

Pesquisa espontânea (sem a apresentação de uma lista de candidatos)
Jair Bolsonaro (PSL) – 14%
Lula (PT) – 14%
Ciro Gomes (PDT) – 2%
Álvaro Dias (Podemos) – 2%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 2%
Marina Silva (Rede) – 1%
Outros – 2%
Não sabe/não respondeu – 37%
Nulo/branco/nenhum – 25%
Pesquisa estimulada – com Fernando Haddad (PT)
Jair Bolsonaro (PSL) – 22%
Marina Silva (Rede) – 13%
Ciro Gomes (PDT) – 11%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 8%
Álvaro Dias (Podemos) – 6%
Fernando Haddad (PT) – 3%
Henrique Meirelles (MDB) – 2%
Manuela D’Ávila (PCdoB) – 2%
Guilherme Boulos (PSOL) – 1%
Flávio Rocha (PRB) – menos de 1%
Não sabe/não respondeu – 3%
Nulo/branco/nenhum – 27%
Pesquisa estimulada – com “Fernando Haddad (PT), apoiado pelo Lula”
Jair Bolsonaro (PSL) – 21%
Fernando Haddad (PT), apoiado pelo Lula – 11%
Marina Silva (Rede) – 11%
Ciro Gomes (PDT) – 9%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 8%
Álvaro Dias (Podemos) – 6%
Henrique Meirelles (MDB) – 2%
Manuela D’Ávila (PCdoB) – 2%
Guilherme Boulos (PSOL) – 1%
Flávio Rocha (PRB) – 1%
Não sabe/não respondeu – 2%
Nulo/branco/nenhum – 25%
Pesquisa estimulada – com Lula (PT)
Lula (PT) – 30%
Jair Bolsonaro (PSL) – 20%
Marina Silva (Rede) – 10%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 7%
Ciro Gomes (PDT) – 6%
Álvaro Dias (Podemos) – 5%
Henrique Meirelles (MDB) – 2%
João Amoêdo (Novo) – 2%
Manuela D’Ávila (PCdoB) – 2%
Guilherme Boulos (PSOL) – 1%
Não sabe/não respondeu – 1%
Nulo/branco/nenhum – 15%
Pesquisa estimulada – sem um candidato do PT
Jair Bolsonaro (PSL) – 23%
Marina Silva (Rede) – 13%
Ciro Gomes (PDT) – 11%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 9%
Álvaro Dias (Podemos) – 7%
Manuela D’Ávila (PCdoB) – 2%
Guilherme Boulos (PSOL) – 1%
Henrique Meirelles (MDB) – 1%
Flávio Rocha (PRB) – menos de 1%
Não sabe/não respondeu – 2%
Nulo/branco/nenhum – 30%
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