A pré-candidatura do ex-prefeito João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo ganhou um importante apoio nesta sexta-feira: o do PP. Segundo as estimativas da equipe do candidato, a aliança deve garantir um total de 22 minutos e 11 segundos de tempo de exposição diária na TV. O assunto principal da entrevista coletiva, no entanto, foi a mudança de posição da legenda, que trocou o atual governador, Márcio França (PSB), por Doria.
Confrontado sobre o tema, o presidente do PP de São Paulo, o deputado estadual Guilherme Mussi, atribuiu a curiosa mudança de chapa a um “erro de timing” e ao equívoco de tomar “uma decisão de cúpula” e “não ouvir as bases do partido”.
“Antes havíamos tomado uma decisão de cúpula, do partido, com os detentores de mandato. “Quando decidimos estender essa consulta, que nos trouxe uma relação de uns presidentes do partido, fizemos uma reunião e o sentimento de que deveríamos reconsiderar essa decisão foi esmagadoramente maior”, afirmou.
A mudança do partido – agora rebatizado de Progressistas – coincide com um movimento de tentar agregar partidos de centro e centro-direita em torno do tucano, que começou com o apoio do DEM. João Doria disse que quer construir uma “aliança de centro” e acenou novamente para o pré-candidato do MDB, Paulo Skaf. “Tenho sido o defensor de uma aliança de centro. Não só aqui em São Paulo, mas no plano nacional. O nosso partido, o PSDB, a meu ver, deveria avançar no diálogo com o MDB”.
VEJA adiantou nesta quinta-feira que Doria admitiu publicamente ter convidado Skaf para ser candidato ao Senado em sua chapa. “Tem nosso desejo, tem um convite, ele sabe disso”, afirmou, em entrevista para a RedeTV! que vai ao ar na próxima semana.