terça-feira, 28 de março de 2017

Trump revoga medidas de Obama contra mudanças climáticas

O Globo

Trump assina a ordem ao lado de Scott Pruitt, diretor da EPA (terceiro à esquerda) e o vice-presidente Mike Pence (à direita) Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP





O presidente americano Donald Trump assinou na tarde desta terça-feira, dia 28, uma ordem executiva que revoga as regulações das mudanças climáticas implementadas por Barack Obama. De acordo com o republicano, o Plano de Energia Limpa de seu antecessor, que restringe as emissões de gases do efeito estufa por usinas a carvão, dificultava as atividades de mineradores e perfuradores de petróleo.

— Meu governo está colocando um fim à guerra ao carvão — disse Trump, antes de assinar o documento, de poucas páginas, intitulado "Independência de Energia". — Com o decreto de hoje, estou dando passos históricos para levantar as restrições à energia americana, para reverter a intromissão do governo e cancelar a regulamentação que mata empregos.

Durante a cerimônia, realizada na Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, em inglês), Trump não fez menções às mudanças climáticas. Mas, o preseidente já havia se declarado cético sobre o tema em outras ocasiões. Além de criticar políticas ambientais democratas, Trump já tinha chegado a dizer, inclusive, que o aquecimento global seria uma farsa inventada para frear o desenvolvimento americano.

O presidente americano Donald Trump assinou na tarde desta terça-feira, dia 28, uma ordem executiva que revoga as regulações das mudanças climáticas implementadas por Barack Obama. De acordo com o republicano, o Plano de Energia Limpa de seu antecessor, que restringe as emissões de gases do efeito estufa por usinas a carvão, dificultava as atividades de mineradores e perfuradores de petróleo.

— Meu governo está colocando um fim à guerra ao carvão — disse Trump, antes de assinar o documento, de poucas páginas, intitulado "Independência de Energia". — Com o decreto de hoje, estou dando passos históricos para levantar as restrições à energia americana, para reverter a intromissão do governo e cancelar a regulamentação que mata empregos.

Durante a cerimônia, realizada na Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, em inglês), Trump não fez menções às mudanças climáticas. Mas, o preseidente já havia se declarado cético sobre o tema em outras ocasiões. Além de criticar políticas ambientais democratas, Trump já tinha chegado a dizer, inclusive, que o aquecimento global seria uma farsa inventada para frear o desenvolvimento americano.

O Plano de Energia Limpa estabelece, entre outros pontos, redução das emissões de dióxido de carbono das usinas de geração de energia em 32% até 2030, em relação aos níveis de 2005. A determinação de redução das emissões, de acordo com os críticos, reduziria a capacidade das empresas e aumentaria o desemprego.

— Possivelmente não há nenhuma outra regulamentação que ameace mais o setor do que este devastador ataque à indústria americana — disse Trump, durante discurso.

A permanência dos EUA no Acordo de Paris ainda está sendo discutida pela nova administração. Com as medidas anunciadas nesta terça-feira, o cumprimento das metas acordadas pelo país ficará mais distante. O país anunciou suas intenções de cortar as emissões de gases-estufa em 26% até 2025, em relação aos níveis de 2005.

A decisão de Trump de revogar as medidas de Obama já tiveram repercussão ao redor do mundo. Segundo especialistas e representantes de países europeus, a revogação das regras pode acabar atrapalhando os interesses americanos por retirar o país de uma posição de liderança em relação ao combate das mudanças climáticas.

— Eles estão abrindo mão da posição de liderança e eu suspeito que ela será assumida por outros países — disse Thomas Stocker, cientista climático da Universidade de Bern, na Suíça, em entrevista à Associated Press.