Segundo o Ministério da Fazenda, houve alta na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). O recolhimento desses tributos foi de R$ 12,5 bilhões. Isso representa uma alta de 15,7%.
O resultado veio praticamente em linha com expectativa de analistas de arrecadação de R$ 93 bilhões, segundo pesquisa Reuters.
No mês, as receitas administradas por outros órgãos que não pela Receita avançaram 32,49% sobre fevereiro de 2016, em termos reais, a R$ 1,649 bilhão.
Em janeiro o dado também havia ficado no azul por conta do mesmo motivo, por maior arrecadação com royalties do petróleo.
Por outro lado, as receitas administradas pela Receita caíram 0,09% na mesma base de comparação, a R$ 90,710 bilhões.
Isso ocorreu diante da diminuição na arrecadação de importantes tributos em fevereiro, com destaque para Imposto de Importação/IPI-Vinculado (- R$ 1,085 bilhão) e Cofins/PIS-Pasep (R$ 808 milhões). A receita previdenciária também caiu R$ 418 milhões ante fevereiro de 2016.
Na semana passada, o governo diminuiu a receita primária prevista para o ano em R$ 55 bilhões, principalmente pela piora nas previsões de crescimento econômico, a 0,5%, sobre 1,6% antes.
Os dados ressaltam o desafio para o cumprimento da meta fiscal deste ano, de déficit primário de R$ 139 bilhões para o governo central (governo federal, INSS e Banco Central).
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já cravou a necessidade de elevação tributária e corte de despesas discricionárias, já que um rombo adicional de R$ 58,2 bilhões foi detectado para este ano.
