Após derrotas no STF, a presidente Dilma Rousseff afirma
em discurso "Não renuncio em hipótese alguma"
Após mais um encontro com juristas que apoiam o governo, a presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (22), em discurso no Palácio do Planalto, que não renunciará ao mandato. “Não cometi nenhum crime previsto na Constituição e nas leis para justificar a interrupção de meu mandato. Neste caso, não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia. Eu jamais renunciarei”, disse Dilma. “E eu posso assegurar a vocês que eu não compactuarei com isso. Por isso, não renuncio em hipótese alguma.” Dilma recorreu sem meias palavras ao aviso devido à aceleração de fatos negativos para seu governo.

Entre a noite de segunda-feira (21) e esta terça-feira (22), dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux e Rosa Weber, negaram recursos do governo. Fux negou pedido para liberar a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. Rosa negou um habeas corpus pedido pela defsa de Lula para que o caso dele seja examinado pelo Supremo - algo possível apenas se ele fosse ministro. Lula segue, portanto, impossibilitado de virar ministro, uma tentativa de Dilma de estabilizar seu governo; e segue sujeito às decisões do juiz Sérgio Moro. A Operação Lava Jato está na rua em sua 26ª fase, focada mais uma vez na empreiteira Odebrecht e em pagamentos de propina.
15h30 - A Justiça de Portugal decidiu manter na prisão o operador Raul Schmidt, preso na segunda-feira na 25ª fase da Ooperação Lava Jato. Raul ficará na cadeia até ser tomada uma deicsão sobre sua extradição para o Brasil. Ele é suspeito de pagar propina por contratos fechados com a Petrobras