LUCAS VETTORAZZO - Folha de São Paulo
Esqueça a "invasão latina" do Rio durante a Copa do Mundo de 2014, com turistas com pouco dinheiro, vindos de carro, sem necessariamente ter reservas em hotéis ou ingressos para os jogos.
Esses visitantes devem dar lugar, durante a Olimpíada de 2016, a um turista com mais renda e exigências.
Especialistas afirmam que o turista dos Jogos terá ligação mais estreita com a organização do evento. Serão familiares dos cerca de 10 mil atletas, delegações consulares, equipes de patrocinadores e fãs das modalidades.
Para acadêmicos e representantes do setor, o turista da Olimpíada terá um tempo de permanência maior na cidade, usará com mais frequência a infraestrutura de transportes e demandará serviços de qualidade superior.
O uso do transporte será mais intenso porque os locais dos Jogos estarão mais espalhados. Serão quatro zonas com arenas -Barra da Tijuca e Deodoro (zona oeste), Maracanã (zona norte) e Copacabana (zona sul).
"Na Copa, os deslocamentos se concentraram entre os hotéis de Copacabana e o Maracanã. O turista da Olimpíada irá circular mais", afirmou o especialista em Turismo da FGV Projetos, André Coelho.
A expectativa recai sobre as obras de mobilidade prometidas para a Olimpíada, como o metrô para a Barra, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que ligará o aeroporto Santos Dumont à zona portuária, o BRT Transolímpica (Recreio-Deodoro) e a ampliação do BRT Transoeste.
MAIS COMIDA E CULTURA
"O interesse é diferente, com foco maior na experiência com os serviços de restaurantes, bares e eventos culturais", disse Valéria Lima, professora do curso de Administração da ESPM Rio.
Ainda que os preços devam estar acima da média, americanos e europeus serão favorecidos por uma moeda mais valorizada sobre o real.
A expectativa da Embratur é que de 350 mil a 500 mil estrangeiros visitem a cidade durante os Jogos. Na Copa, foram 471 mil estrangeiros e 415 mil brasileiros. Ainda não há previsão oficial para o visitante nacional em 2016.
"A Olimpíada traz um turista que, em geral, vem pela primeira vez e tem renda mais alta. Diante do câmbio favorável, é provável que o comércio se beneficie mais do que na Copa", diz o professor de economia do Ibmec-RJ, José Ronaldo Júnior.
Segundo o secretário de Turismo do Rio, Antônio Pedro Figueira de Mello, o gasto médio do turista deverá ser maior também.
Estudo feito pelo Observatório do Turismo da UFF mostrou que o gasto médio diário do visitante na Copa foi de R$ 639,32, incluindo hospedagem, transporte, compras e lazer. Com alimentos e bebidas, foi R$ 106,47. Com compras, foi de R$ 41,89.
Na Olimpíada, a maioria deve se hospedar em hotéis. A previsão é de que em agosto, durante o evento, sejam ao menos 37 mil quartos convencionais, a maior parte reservada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).
"A rede hoteleira dobrou de tamanho e teremos aqui as principais bandeiras internacionais, como Hayat e Hilton", afirma o vice-presidente da ABIH-RJ, Paulo Michel.
Esses visitantes devem dar lugar, durante a Olimpíada de 2016, a um turista com mais renda e exigências.
Especialistas afirmam que o turista dos Jogos terá ligação mais estreita com a organização do evento. Serão familiares dos cerca de 10 mil atletas, delegações consulares, equipes de patrocinadores e fãs das modalidades.
Para acadêmicos e representantes do setor, o turista da Olimpíada terá um tempo de permanência maior na cidade, usará com mais frequência a infraestrutura de transportes e demandará serviços de qualidade superior.
O uso do transporte será mais intenso porque os locais dos Jogos estarão mais espalhados. Serão quatro zonas com arenas -Barra da Tijuca e Deodoro (zona oeste), Maracanã (zona norte) e Copacabana (zona sul).
"Na Copa, os deslocamentos se concentraram entre os hotéis de Copacabana e o Maracanã. O turista da Olimpíada irá circular mais", afirmou o especialista em Turismo da FGV Projetos, André Coelho.
A expectativa recai sobre as obras de mobilidade prometidas para a Olimpíada, como o metrô para a Barra, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que ligará o aeroporto Santos Dumont à zona portuária, o BRT Transolímpica (Recreio-Deodoro) e a ampliação do BRT Transoeste.
MAIS COMIDA E CULTURA
"O interesse é diferente, com foco maior na experiência com os serviços de restaurantes, bares e eventos culturais", disse Valéria Lima, professora do curso de Administração da ESPM Rio.
Ainda que os preços devam estar acima da média, americanos e europeus serão favorecidos por uma moeda mais valorizada sobre o real.
A expectativa da Embratur é que de 350 mil a 500 mil estrangeiros visitem a cidade durante os Jogos. Na Copa, foram 471 mil estrangeiros e 415 mil brasileiros. Ainda não há previsão oficial para o visitante nacional em 2016.
"A Olimpíada traz um turista que, em geral, vem pela primeira vez e tem renda mais alta. Diante do câmbio favorável, é provável que o comércio se beneficie mais do que na Copa", diz o professor de economia do Ibmec-RJ, José Ronaldo Júnior.
Segundo o secretário de Turismo do Rio, Antônio Pedro Figueira de Mello, o gasto médio do turista deverá ser maior também.
Estudo feito pelo Observatório do Turismo da UFF mostrou que o gasto médio diário do visitante na Copa foi de R$ 639,32, incluindo hospedagem, transporte, compras e lazer. Com alimentos e bebidas, foi R$ 106,47. Com compras, foi de R$ 41,89.
Na Olimpíada, a maioria deve se hospedar em hotéis. A previsão é de que em agosto, durante o evento, sejam ao menos 37 mil quartos convencionais, a maior parte reservada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).
"A rede hoteleira dobrou de tamanho e teremos aqui as principais bandeiras internacionais, como Hayat e Hilton", afirma o vice-presidente da ABIH-RJ, Paulo Michel.
COMPARTILHECompartilhe no Twitter
































