Por Guilherme Amado
Os Estados Unidos registraram, até 24 de dezembro de 2015, 965 mortes cometidas por policiais enquanto trabalhavam.
O Rio de Janeiro, estado em que a polícia mais mata no país, contabilizou, só até novembro, 615 ocorrências desse tipo, principalmente em áreas mais pobres, a exemplo de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e dos bairros de Bangu e Pavuna, nas zonas Oeste e Norte da capital, respectivamente.
O número do Rio, sem contar dezembro, já ultrapassou o total de 2014 no estado, que foi de 584 assassinatos cometidos por policiais.
A diferença é que os Estados Unidos têm uma população de 318,9 milhões de pessoas e o estado do Rio, 16,46 milhões.
Com isso, mesmo sem contar dezembro de 2015, os americanos têm uma taxa de homicídio praticado por policial a cada 100 mil habitantes de 0,3. A do Rio é 12 vezes maior: 3,7.
A propósito, existe outra diferença também.
Nos EUA, o número de 965 mortes foi considerado um descalabro e gerou ao longo de 2015 uma série de protestos em diversas cidades.
No Rio, José Mariano Beltrame se prepara para premiar mais uma vez os policiais por bom desempenho.
