domingo, 31 de janeiro de 2016

Manchete de O Globo: Rede de saúde precária agrava drama da microcefalia


O quadro de tragédia na Saúde que se formou com a revelação de que grávidas que contraíram o vírus zika tiveram, por causa do vírus, bebês com microcefalia — vista desde o fim de 2015 em centenas de bebês no país — é uma soma de tragédias familiares. 

Agravada por uma demora no diagnóstico da criança. 

O atraso na confirmação de suspeita de microcefalia acaba adiando o início do tratamento do bebê. O atendimento de reabilitação também precisa ser ampliado para dar conta do aumento de casos da doença: em Pernambuco, o epicentro brasileiro dos casos, só três locais estão registrados até agora na Secretaria estadual de Saúde para oferecer reabilitação a crianças com microcefalia; e uma unidade municipal de Saúde começou a estruturar este mês esse serviço. 

Caracterizada por fazer com que o bebê tenha crânio menor que o normal, e retardo no desenvolvimento neurológico e motor, a microcefalia e sua relação com o vírus zika — transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da chicungunha — fizeram a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir na última semana alerta mundial sobre a zika. 

A Lessa de Andrade começou a oferecer reabilitação para microcefalia dia 4 de janeiro. Segundo funcionários, recebeu 26 casos até a última quarta. Mas, afirmaram, como a equipe ainda está sendo estruturada, os atendimentos estão só pela manhã. 

A Secretaria estadual de Saúde informou que vai ampliar o número de locais com reabilitação para microcefalia, além de ampliar o número de dias de atendimento da Altino, mas disse que ainda não tem previsão de quando isso ocorrerá. A reabilitação na microcefalia inclui estimulação dos movimentos, da visão e da audição do bebê.