sábado, 30 de janeiro de 2016

Lava Jato mira Gamecorp, empresa de Lulinha

Com Blog do Josias - UOL


A Gamecorp, empresa que tem como sócio o filho mais velho de Lula, Fábio Luís, encontra-se na alça de mira da Lava Jato. Procuradores da força-tarefa de Curitiba negociam um acordo de delação premiada com Otávio Azevedo, presidente licenciado da empreiteira Andrade Gutierrez, preso há sete meses. O nome de Lulinha, como o primogênito de Lula é chamado na intimidade, pode soar nos depoimentos de Azevedo, informa a revista Veja.
A Andrade Gutierrez é uma das controladoras da antiga Telemar, hoje rebatizada de Oi. Por meio dessa empresa de telefonia, a construtora injetou R$ 5 milhões na Gamecorp em 2005, comprando cerca de 30% da participação societária. Os procuradores querem que Otávio Azevedo revele o que motivou a transação. O candidato a delator resistiu. Mas os investigadores não aceitaram celebrar o acordo de cooperação judicial sem esse pedaço da trama. E o preso decidiu ceder.
De acordo com a reportagem, Azevedo dirá que agiu a pedido de Lula. Nessa versão, o pai de Lulinha, a caminho do término do seu primeiro mandato, tomou conhecimento de que o notório banqueiro Daniel Dantas oferecera-se para virar sócio da Gamecorp. Para impedir que o filho se vinculasse a Dantas, Lula pediu aos donos da velha Telemar, entre eles a Andrade Gutierrez, fizessem uma oferta mais vantajosa. Foi atendido.
O tempo passou. E os novos financiadores de Lulinha não perderam por esperar. Ganharam. Decorridos três anos, o governo Lula alterou a legislação para permitir que a Telemar/Oi se fundisse com a Brasil Telecom. Autorizada a fusão, a Andrade Gutierrez passou a contratar, por meio da Oi, serviços da Gamecorp. Serviços desnecessários, confidenciou Azevedo aos seus advogados. Serviam como canal de repasse sistemático de dinheiro para Lulinha e seus sócios.
Chamam-se Fernando Bittar e Jonas Suassuna os sócios de Lulinha na Gamecorp. No papel, os dois são os donos do sítio que Lula utiliza como refúgio, em Atibaia. A exemplo do que sucede com o apartamento triplex do Guarujá, cuja propriedade é atribuída a Lula, o sítio de Atibaia também entrou no radar da Lava jato. São abundantes os indícios de que empreiteiras enroladas no escândalo da Petrobras borrifaram verbas de má origem nos dois imóveis.
Plugado às redes sociais, Lulinha dedica-se a defender o pai e atacar a imprensa e políticos rivais do PT.