Ho! Ho! Ho!
José Carlos Bumlai nem fechou delação premiada e está quase entregando Lula.
Podia dar ao Brasil esse presente de Natal, mas, por enquanto, deu à Lava Jato apenas caminhos para o pote de ouro.
Em seu terceiro depoimento à Polícia Federal, o “operador do PT” preso desde 24 de novembro disse, segundo o Estadão, que:
1) Repassava demandas à Clara Ant, da diretoria do Instituto Lula e assessora especial do petista em seus dois mandatos presidenciais.
Muitas pessoas encaminhavam pedidos via-email ao Instituto e, quando não tinham resposta, solicitavam ao amigão do Lula que fizesse contato com a entidade em seus lugares “para viabilizar ao menos a apreciação dos pedidos”. “Então, eles eram apreciados”, diz o relatório da PF.
Isso é que é ter moral na casa.
2) “Entrava em contato [com Lula] através do número de sua esposa”.
Segundo Bumlai, Lula “nunca possuiu um número de celular próprio”.
Ou seja: Eduardo Cunha, com seus três celulares, é apenas um garoto.
Até para telefone, Lula tinha operadores.
3) “Acredita” e “tem quase certeza de que nunca tratou” com Lula do empréstimo do Banco Schahin.
Primeiro, na verdade, Bumlai disse “que nunca conversou sobre este tema com ele”, mas, quando o delegado reformulou a pergunta, o amigão do Lula mudou a resposta para a “quase certeza”.
Bumlai e outros 10 investigados são acusados de participar de um esquema de propinas na contratação da Schahin Engenharia, em 2009, como operadora do navio-sonda Vitoria 10.000, envolvendo o empréstimo de R$ 12 milhões.
A Lava Jato já começou a refrescar a memória de Bumlai ao descobrir que uma empresa do Qatar, interessada em comprar uma usina de açúcar no Brasil, acionou o amigão de Lula para que o petista fizesse uma intermediação junto à suposta presidente Dilma Rousseff.
É “quase certo” que, em 2016, a Lava Jato resfresque ainda mais a memória de Bumlai.
Seu terceiro depoimento foi apenas um cartão de Natal para Lula.
Ho! Ho! Ho!
