
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) foi de 1,89% em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas nesta quinta-feira. É o mais alto para o mês desde 2002, quando o índice ficou em 3,87%. Considerando qualquer mês, é o mais alto desde junho de 2008. A maior pressão veio principalmente da alta dos preços no atacado, com destaque para as matérias-primas brutas.
A variação acumulada em 2015, até outubro, é de 8,35%. Em 12 meses, a alta é de 10,09%, pela primeira vez acima de 10% e o mais alto desde o período encerrado em abril de 2011 (10,6%).
Para o mês, a expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 1,94%, segundo a mediana das projeções. Em setembro, taxa foi de 0,95%, o índice mais alto para meses de setembro desde 2013. Em outubro de 2014, a variação foi de 0,28%.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis. O cálculo é feito com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, registrou alta de 2,63% em outubro, sobre 1,30% no mês anterior. Só os preços das matérias-primas brutas tiveram alta de 4,47% este mês, contra 2,26% em setembro.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, avançou 0,64%, sobre 0,32% no mês anterior. O grupo Transportes foi o destaque, com a alta acelerando a 1,43% sobre 0,20%, pressionado por tarifa de ônibus urbano, que subiu 2,47%.
Por sua vez o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,27% neste mês, contra elevação de 0,22% em setembro.