A maioria foi entrevistada antes das declarações contra o senador McCain,
dadas por Trump no sábado, quando questionou o status de "herói"
militar de seu correligionário
Mesmo sendo alvo de duras críticas por falar mal dos imigrantes mexicanos que chegam ilegalmente aos EUA e por desqualificar o heroísmo do veterano de guerra e senador John McCain, Donald Trump firmou sua liderança na briga pela indicação republicana para concorrer à Casa Branca - revela pesquisa divulgada nesta terça-feira. O magnata do setor imobiliário aparece com 24% das preferências dos eleitores de seu partido consultados pela enquete do jornal The Washington Post em parceria com a emissora de televisão ABC News.
Este é o mais alto índice de apoio a um candidato este ano, bastante à frente de seus rivais mais próximos: Scott Walker (13%) e Jeb Bush (12%). De acordo com o Post, a maioria foi entrevistada antes das declarações contra McCain, dadas por Trump no sábado, quando questionou o status de "herói" militar de seu correligionário.
O jornal acrescenta que a popularidade do magnata despencou entre as pessoas que responderam a enquete depois do incidente. McCain, de 78 anos, era piloto durante a guerra do Vietnã. Em outubro de 1967, seu avião foi atingido por um míssil, e ele precisou ejetar. Ferido e capturado em Hanói, permaneceu cinco anos e meio em cativeiro, onde foi torturado. Já Donald Trump, de 69, evitou a guerra, ao obter múltiplos adiamentos de alistamento, de acordo com documentos publicados pela imprensa em 2011.
Nesta segunda, McCain rebateu o ataque de Trump, afirmando que foram as famílias dos soldados que mais se sentiram feridas por seus comentários. "Não sou um herói", declarou o senador à rede americana MSNBC. "Mas, provavelmente, ele deva se desculpar com as famílias de todos os que tanto sacrificaram nos conflitos e daqueles que tiveram de sofrer com a prisão a serviço de seu país", acrescentou, com a voz embargada.
O combate verbal entre os dois republicanos começou quando McCain acusou Trump de estimular os "psicopatas", ao comparar os imigrantes mexicanos em situação clandestina a criminosos. Em um país que venera seus soldados, atacar um ex-combatente prisioneiro de guerra e torturado é considerado uma falta bastante grave. Vários republicanos condenaram imediatamente as declarações de Trump.
Leia mais http://migre.me/qR9Qa