sexta-feira, 31 de julho de 2015

Bolsa chinesa volta a cair e tem maior perda mensal em 6 anos

Veja


Principal índice do país, o Xangai Composto, acumulou baixas

de 10% nesta semana e de 14% em julho; nesta sexta, pregão

encerrou o dia com queda de 1,1%



Investidor olha para a tela de seu computador durante o pregão na bolsa de Xangai, na China - 08/07/2015
Medidas de intervenção do governo não foram suficientes para evitar a desvalorização das ações chinesas(Aly Song/Reuters)
A Bolsa de Xangai teve em julho o pior mês em quase seis anos, após registrar mais uma queda no pregão desta sexta-feira. Esse movimento de perdas indica a falta de confiança dos investidores na capacidade de o governo chinês conter a forte volatilidade nos mercados locais. Em outras partes da Ásia e do Pacífico, as bolsas fecharam com ganhos moderados.
O Xangai Composto, principal índice acionário da China, teve uma semana de grandes oscilações, em meio à ausência de convicção de que Pequim manterá a promessa de dar sustentação às ações. Nesta sexta, o Xangai encerrou a sessão com perdas de 1,1%, a 3.663 pontos. O índice acumulou baixas de 10% ao longo da semana e de 14% em julho, registrando seu pior desempenho mensal desde agosto de 2009. A onda de liquidação desta semana foi a segunda em julho. Na primeira, o Xangai perdeu quase um terço de seu valor.
Embora agressivas, medidas de intervenção de Pequim têm gerado uma recuperação temporária e boa parte dessa valorização já foi eliminada. O Xangai está agora 29% abaixo do pico em vários anos que alcançou em meados de junho.
O Shenzhen Composto, que é um índice de menor abrangência na China, teve queda de 0,8% nesta sexta, a 2.110 pontos, enquanto o Chinext, que reúne empresas de pequena capitalização, também caiu 0,8%, a 2.539 pontos.

O clima de desconfiança na China minou os negócios esta semana, apesar de reguladores locais terem lançado uma investigação sobre a liquidação recente que, na segunda-feira, levou o Xangai a sofrer um tombo de 8,5%, o maior desde fevereiro de 2007. Hoje, os reguladores disseram que vão investigar também as transações eletrônicas e restringir 24 contas de ações suspeitas de "influenciar os preços de negociação de papéis".
Em Hong Kong, as empresas chinesas perderam 14% em julho, o pior resultado mensal desde setembro de 2011. No mês, o índice Hang Seng recuou 6,5%. No pregão desta sexta, porém, o índice teve leve alta de 0,6%, a 24.636 pontos. No mercado taiwanês, o Taiex também mostrou ganho marginal, de 0,2%, a 8.665 pontos. Em Seul, o índice sul-coreano Kospi avançou 0,55%, a 2.030 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana também teve uma sessão positiva. O S&P/ASX 200, das empresas mais negociadas em Sydney, subiu 0,5%, a 5.699 pontos. Com isso, o índice acumulou valorização de 2,4% na semana e de 4,4% em julho, garantindo seu primeiro resultado mensal positivo desde fevereiro.