O dólar comercial fechou em alta nesta sexta-feira (31), pelo segundo dia seguido. A moeda norte-americana avançou 1,59%, a R$ 3,425 na venda. É o maior valor em mais de 12 anos, desde 20 de março de 2003, quando valia R$ 3,478.
Com isso, o dólar termina a semana com valorização de 2,32%, a sexta seguida de alta. No mês de julho, a moeda ganhou 10,16%.
Na véspera, a moeda havia subido 1,25%, a R$ 3,371.
O dólar abriu o dia em queda, mas passou a subir após a divulgação de dados sobre as contas públicas do país.
As contas acumularam um rombo de R$ 45,7 bilhões nos 12 meses que terminaram em junho, o equivalente a 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto). É o pior resultado desde 2001, quando começa a série histórica.
O número considera receitas menos despesas, sem contar gastos com juros, e foi informado pelo Banco Central.
Atuação do BC no câmbio
Investidores aguardavam também novas pistas sobre como o Banco Central deve agir no mercado de câmbio. A valorização do dólar tende a aumentar a inflação, que já está alta.
Em julho, o BC rolou o equivalente a US$ 6,270 bilhões em swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares), ou cerca de 60% do lote que vence na próxima segunda-feira. O percentual de contratos rolados é o menor em mais de um ano.
Operadores têm afirmado que, se mantiver essa proporção para o lote de setembro, o BC sinalizaria que está confortável com o avanço da moeda norte-americana.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.