A auditoria KPMG sequestrou o balanço auditado da Eletrobras e exigiu em troca as cabeças dos "licenciados" Adhemar Palocci e Valter Cardeal. É o bem sendo motivado pelo mal, como costuma ocorrer no Brasil...
A razão de a KPMG ter feito a exigência foi contada pelo Antagonista, no início da tarde. Abaixo, reproduzimos o post:
Hoje, às 14h30, a cúpula da Eletrobras se reunirá para definir o destino de Valter Cardeal, na direção de Geração da empresa, e Adhemar Palocci, irmão de Antonio Palocci, na Eletronorte. O governo quer afastar “temporariamente” os dois suspeitos de pedir propina para a campanha de Dilma Rousseff.
Ao que tudo indica, Adhemar Palocci, que esteve no Palácio do Planalto anteontem, jogou a toalha. Mas Valter Cardeal, “o homem da Dilma", resiste a ser saído.
Não importa a explicação oficial que o governo use para o possível afastamento de ambos, o motivo verdadeiro é outro: a pressão, para usar uma expressão benigna, comandada por Fernando Collor, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.
Explicamos: a auditoria KPMG disse que só entregará o balanço auditado da Eletrobras, se Adhemar Palocci e Valter Cardeal forem afastados. Por quê? Porque um dos sócios da KPMG é Cláudio Leoni, irmão de Pedro Paulo Leoni, operador de Fernando Collor. E Claudio Leoni está fazendo o jogo de Fernando Collor, que está fulo com o governo depois da apreensão dos seus carrões. É mais um a achar que Rodrigo Janot está a serviço do Planalto. Ele aliou-se a Renan Calheiros e Eduardo Cunha, a fim de tornar a vida de Dilma Rousseff ainda mais difícil.
Para o lugar de Adhemar Palocci e Valter Cardeal, homens do PT, Renan Calheiros e Eduardo Cunha querem gente ligada ao PMDB. Empenham-se para retomar o controle total do setor elétrico.
A política brasileira virou uma guerra de facções.