A queda do ministro Thomas Traumann aguçou os apetites do PT. A Comunicação Social da Presidência é um velho sonho de consumo da legenda. Deve-se o interesse ao caixa de publicidade que a pasta gerencia. A possibilidade de controlar o fluxo dessas verbas encanta o petismo.
O PT já tem até nomes para indicar. O primeiro da lista é Edinho Silva, ex-tesoureiro do comitê eleitoral de Dilma. Ele estava cotado para ocupar a presidência da APO, a Autoridade Olímpica, responsável por monitorar as obras das Olimpíadas e servir de elo entre a União, o Comitê Rio 2016, o Estado e a prefeitura do Rio. Porém, a indicacão teria de ser aprovada pelo Senado. E o Planalto farejou o risco de derrota.
A despeito da fome do PT, Dilma ainda não sinalizou o que pretende fazer com a Comunicação da Presidência. O posto é tradicionalmente ocupado por jornalistas. Mas o PT dá de ombros para esse detalhe. Seja como for, o histórico não é animador para o partido de Dilma.
Em janeiro, o petista Ricardo Berzoini transferiu-se da coordenação política do governo para o Ministério das Comunicações embalado por duas perspectivas: teria liberdade para tocar o projeto de controle da mídia e passaria a gerir a caixa da publicidade governamental (coisa de R$ 5 bilhões por ano). Por ora, não teve nem uma coisa nem outra.