O Globo com agências internacionais
Uso de injeções letais no estado é alvo de críticas desde abril do ano passado
WASHINGTON — A Suprema Corte dos Estados Unidos concordou nesta quarta-feira em suspender temporariamente a execução de três detentos de Oklahoma que questionam o método de injeção letal, utilizado pelo governo do estado.
Os assassinos condenados Richard Glossip, John Grant e Benjamin Cole não serão mortos com o uso de sedativos até que a Suprema Corte decida se o procedimento viola ou não a proibição a punições cruéis e inusitadas descrita na Constituição americana.
A decisão do tribunal deixa aberta a possibilidade do estado aletrar a combinação de drogas usadas nas injeções letais.
O processo utilizado nas prisões de Oklahoma, que combina três drogas diferentes, vem sendo examinado desde abril de 2014 quando erros forma cometidos na execução do assassino Clayton Lockett, que se contorceu durante vários minutos antes de morrer.
Os detidos afirmam que o sedativo midazolam, usado nas injeções letais aplicadas pelo estado, não é capaz de promover o estado de inconsciência necessário para cirurgias, o que o torna impróprio para execuções.
Glossip, que participou do assassinato de seu patrão, espancado até a morte, deveria ter sido executado na quinta-feira. Grant, que esfaqueou um agente penitenciário, tinha sua execução agendada para 19 de fevereiro. Cole, condenado pelo assassinato de sua filha de nove anos, tinha sua execução marcada para 5 de março.
No dia 15 de janeiro, a Suprema Corte decidiu — com cinco votos a favor, e quatro contrários — levar adiante a execução de Charles Warner, condenado pelo estupro e assassinato de um bebê de 11 meses. Warner havia levantado as mesmas questões legais apresentadas pelo trio.
As decisões aparentemente contraditórias do tribunal indicam divisões existente entre seus cinco juízes conservadores e quatro juízes liberais. Embora cinco votos sejam necessários para suspender um processo, apenas quatro são necessário para que o tribunal aceite um caso.