JN mostra mostra por que Churchill conquistou tanto respeito na Grã-Bretanha e no mundo.
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Uma cerimônia grandiosa lembrou, nesta sexta-feira (30), em Londres, o cinquentenário da morte de um herói nacional. O correspondente Roberto Kovalick mostra por que Winston Churchill conquistou tanto respeito - na Grã-Bretanha e no mundo - para se tornar uma das figuras mais importantes do século XX.
Foi como há 50 anos. O mesmo barco. O mesmo respeito e a mesma solenidade. A ponte da torre não precisava se abrir, o barco era pequeno, mas foi mais uma homenagem ao homem que muitos consideram o maior primeiro-ministro britânico e o maior estadista do Século XX: Winston Churchill.
Não era um modelo de hábitos saudáveis: fumava charuto, bebia champanhe como se fosse água. Mas tinha uma arma inigualável: o poder da palavra. Em 1940, na Segunda Guerra Mundial, Churchill usou seus discursos para fazer a Grã-Bretanha resistir até que outros países - como os Estados Unidos - entrassem no conflito para vencer os nazistas.
"Foi o momento mais importante da nossa história, quando a Inglaterra se salvou, salvou a Europa e, possivelmente, o mundo", lembrou o primeiro-ministro David Cameron.
"Se não fosse por Churchill, nós teríamos sido esmagados pelos nazistas", reconheceu um britânico.
Churchill foi uma personalidade tão marcante no século XX que, em qualquer canto do planeta, as pessoas repetem gestos e frases dele, mesmo que não saibam quem ele foi ou o que representou. Foi graças a Churchill que o mundo aprendeu a fazer o “V” da vitória.
O "V" da vitória foi criado por soldados ingleses há 5 séculos, mas ficou meio esquecido até ser usado por Churchill para dar esperança aos britânicos. Depois, foi adotado pelos hippies significando "paz e amor".
Foi Churchill quem criou a expressão “cortina de ferro”, a barreira ideológica erguida pela União Soviética em torno dos países comunistas.
Uma de suas frases mais famosas foi "eu não tenho nada a oferecer além de sangue, trabalho, suor e lágrimas", há outras: "Nunca tantos deveram tanto a tão poucos".
50 anos atrás, mais de 100 líderes mundiais participaram do cortejo de despedida. Hoje, os britânicos sentem que nunca deveram tanto a um único homem.
