segunda-feira, 2 de junho de 2014

‘Não é que eu não queira, eu não posso falar’, diz Graça Foster sobre bandalheira lulista na Petrobras

Paulo Roberto Costa, em entrevista ao jornal ‘Folha de São Paulo’, afirmou que investimentos em Abreu e Lima foram feitas em ‘contas de padaria’

 



A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta segunda-feira que não poderia falar sobre as declarações feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa no fim de semana em entrevista à “Folha de São Paulo”, na qual afirmou que as estimativas de investimentos para a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foram feitas com “contas de padaria”.

Graça foi questionada pela imprensa ao sair da sede da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, e disse:

— Não é que eu não queira (falar), eu não posso falar — afirmou Graça.

Já o ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras Ildo Sauer afirmou que as declarações “causam perplexidade”. Para ele, não há justificativa para que o orçamento da refinaria Abreu e Lima chegue a US$ 18,5 bilhões, como prevê a Petrobras. Sauer diz que o investimento não deveria ter passado de US$ 7 bilhões a US$ 8 bilhões. Inicialmente o projeto estava em US$ 2,5 bilhões.

O relator da CPI Mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou no domingo que Paulo Roberto da Costa será um dos primeiros a ser convocados para depor e dar explicações sobre sua atuação na empresa. Representante do PT, Maia disse que será “lamentável” se a declaração de Costa for verdadeira.