LEANDRO COLON - UOL
ENVIADO ESPECIAL À CRIMEIA
Soldados russos não identificados continuam circulando pelas ruas de Simferopol, capital da Crimeia, após a primeira entrevista do presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmando que não pensa em anexar a península a seu país.
A Folha encontrou na tarde desta terça-feira (manhã no Brasil) uma espécie de base montada em terreno localizado em uma rua movimentada da cidade.
Havia ao menos dois caminhões militares, ambos sem identificação, com seis soldados encapuzados falando russo. Eles monitoravam a passagem dos carros e pedestres.
Um deles chegou a conversar com a reportagem, mas foi interrompido por um colega que, irritado, sacou um aparelho de telefone celular para registrar fotos do repórter.
Por volta das 15h30 (10h30 no Brasil), outros quatro soldados com as mesmas características estavam a postos do lado de fora do aeroporto da cidade.
Em entrevista nesta terça, Putin negou que sejam tropas oficiais, dizendo que poderiam ser forças locais pró-Rússia.
Apesar da movimentação russa, a situação é de tranquilidade em Simferopol. A Folha circulou pelo centro e pela periferia e não identificou qualquer tipo de confusão, pânico ou algo parecido.
Algumas pessoas se aglomeram na Praça Lenin, mas nada que transpareça que a cidade é capital de uma região que tem protagonizado uma das maiores crises políticas europeias dos últimos anos.
A reportagem também visitou restaurantes, supermercados e locais públicos nesta terça. Por enquanto, os cidadãos não alteraram suas rotinas diante da situação militar.
A expectativa na capital da Crimeia é que, apesar do discurso de Putin, forças pró-Rússia devem continuar circulando pela região até que avance proposta de votação entre a população para decidir o futuro político da península.
Como os russos são ao menos 60% da Crimeia, Putin apostaria num caminho "legítimo" para obter uma área que hoje é uma república autônoma pertencente à Ucrânia.
Nesta terça, o governo de Moscou declarou que ordenou o fim de movimentos militares na região, embora de fato suas tropas estejam controlando boa parte da península.
O cenário é mais tenso em Sebastopol, onde a Rússia mantém uma de suas maiores bases navais. Nesta terça, os canais de televisão da Ucrânia mostraram cenas de um encontro entre forças ucranianas e russas. Houve um início de provocação de cada lado, mas depois os ânimos cessaram.
Destaca-se por aqui o fato de a Rússia ter avançado em território da Crimeia sem ter disparado um tiro sequer, até porque, por ser de maioria russa, boa parte da população dá demonstração de apoio a sua chegada.
ENVIADO ESPECIAL À CRIMEIA
Soldados russos não identificados continuam circulando pelas ruas de Simferopol, capital da Crimeia, após a primeira entrevista do presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmando que não pensa em anexar a península a seu país.
A Folha encontrou na tarde desta terça-feira (manhã no Brasil) uma espécie de base montada em terreno localizado em uma rua movimentada da cidade.
Havia ao menos dois caminhões militares, ambos sem identificação, com seis soldados encapuzados falando russo. Eles monitoravam a passagem dos carros e pedestres.
Um deles chegou a conversar com a reportagem, mas foi interrompido por um colega que, irritado, sacou um aparelho de telefone celular para registrar fotos do repórter.
Por volta das 15h30 (10h30 no Brasil), outros quatro soldados com as mesmas características estavam a postos do lado de fora do aeroporto da cidade.
Leandro Colon - 4.mar.2014/Folhapress

Russos uniformizados sem insígnia montam guarda nas ruas de Sebastopol, na Crimeia
Apesar da movimentação russa, a situação é de tranquilidade em Simferopol. A Folha circulou pelo centro e pela periferia e não identificou qualquer tipo de confusão, pânico ou algo parecido.
Algumas pessoas se aglomeram na Praça Lenin, mas nada que transpareça que a cidade é capital de uma região que tem protagonizado uma das maiores crises políticas europeias dos últimos anos.
A reportagem também visitou restaurantes, supermercados e locais públicos nesta terça. Por enquanto, os cidadãos não alteraram suas rotinas diante da situação militar.
A expectativa na capital da Crimeia é que, apesar do discurso de Putin, forças pró-Rússia devem continuar circulando pela região até que avance proposta de votação entre a população para decidir o futuro político da península.
Como os russos são ao menos 60% da Crimeia, Putin apostaria num caminho "legítimo" para obter uma área que hoje é uma república autônoma pertencente à Ucrânia.
Nesta terça, o governo de Moscou declarou que ordenou o fim de movimentos militares na região, embora de fato suas tropas estejam controlando boa parte da península.
O cenário é mais tenso em Sebastopol, onde a Rússia mantém uma de suas maiores bases navais. Nesta terça, os canais de televisão da Ucrânia mostraram cenas de um encontro entre forças ucranianas e russas. Houve um início de provocação de cada lado, mas depois os ânimos cessaram.
Destaca-se por aqui o fato de a Rússia ter avançado em território da Crimeia sem ter disparado um tiro sequer, até porque, por ser de maioria russa, boa parte da população dá demonstração de apoio a sua chegada.