Mostra fotográfica em Washington DC celebra ícones da cultura originais e rebeldes
- A National Portrait Galley inaugurou “American Cool” com retratos de artistas como Marlon Brando, Miles Davis, Kurt Cobain, Billie Holiday e Audrey Hepburn
Flávia Barbosa, correspondente - O Globo

WASHINGTON DC - Artistas visionários e revolucionários que contribuíram de forma definitiva com a cultura americana — com rebeldia, magnetismo, originalidade, mistério, ativismo e capacidade de extrapolar fronteiras — são o tema da exposição de fotografias “American Cool”, que a National Portrait Gallery inaugurou neste mês. Estão lá cem dos principais ícones da indústria cultural dos EUA, de Billie Holiday a Madonna, em cliques de alguns dos mais celebrados fotógrafos do século XX, como Annie Leibovitz e Henri Cartier-Bresson.
Os curadores criaram quatro rubricas de impacto e só passou no crivo quem se enquadrou em pelo menos três delas: uma visão artística original expressa com estilo único; a encarnação da rebeldia cultural ou da transgressão para uma determinada geração; poder icônico ou reconhecimento visual instantâneo; e um reconhecido legado cultural. Desfilam pelas salas, na ordem das categorias acima:
Jimi Hendrix, Miles Davis, Elvis Presley, Patti Smith e Jay-Z; Marlon Brando, James Dean, Audrey Hepburn e Mae West; Malcom-X, Kurt Cobain e Steve Jobs; Fred Astaire, John Wayne e Bruce Lee. A mostra está em cartaz até 7 de setembro e a entrada é franca. A National Portrait Gallery (npg.si.edu) fica entre as ruas 8 e F NW, no Penn Quarter.
Música. Jazz das cavernas
O jazz emplacou vários ícones na exposição da National Portrait Gallery e é mais do que cool o palco do Bohemian Caverns, que reúne, diariamente, novos e velhos talentos no coração negro de Washington DC, a U Street, esquina com a rua 11 NW. O clube fica no porão de um prédio de três andares, como se fosse o interior de uma caverna, atmosfera acentuada durante as apresentações, quando as luzes principais são apagadas.
Inaugurado em 1926 com cara de grã-fino, o Bohemian Caverns tinha em Duke Ellington um de seus músicos habitués e, hoje, traz o melhor das cenas de DC, Nova Orleans e Nova York. O simpático dono e diretor artístico, Omrao Brown, está sempre por lá, pronto para um bate-papo. A casa tem restaurante e uma pista de dança.
Programação e ingressos podem ser encontrados no site bohemiancaverns.com. Entre os próximos shows, estão os dos saxofonistas Tim Green, do Matthew Stevens Group, e Craig Handy.
Gastronomia. Tailandês sem frescura
Também tem restaurante novo cool na zona boêmia da capital americana. Inaugurado no fim de 2013, o tailandês Doi Moi é um dos queridinhos atuais do circuito gastronômico da cidade. Com ambiente amplo, iluminado, cozinha aberta para o salão e decoração moderna, vem atraindo os amantes da culinária oriental com pratos saborosos, derivados de receitas tradicionais e sem frescuras que entornam o caldo.
Destaques no cardápio são o cá chién (peixe inteiro empanado, que vem à mesa como se fosse um arranjo, na vertical, a US$ 18) e o múc rang muói (lulas fritas numa mistura de especiarias, temperos e pimentas, a US$ 11). A carta de vinhos oferece rótulos do mundo inteiro e é grande o estoque da cerveja tailandesa Singha. Fica no número 1.800 da Rua 14 NW. O menu está em doimoidc.com.