Rendimento da nova poupança foi menor que a inflação em 2013
Yolanda Fordelone - Agência Estado
A caderneta de poupança, investimento mais popular no Brasil, se destacou
entre as aplicações em 2013: a caderneta antiga perdeu apenas para o dólar, que
rendeu 15,5%; a nova, perdeu para o dólar e para algumas aplicações voltadas a
grandes investidores, como CDB acima de R$ 100 mil. Quando o rendimento é
comparado com a inflação, porém, a notícia é não é boa para aqueles que possuem
a nova poupança, cujo retorno é atrelado à Selic. O rendimento da nova caderneta
ficou em 5,67%, contra
o IPCA de
5,91%.
Quando a taxa básica de juros fica abaixo de 8,5% ao ano, existem duas regras
para a caderneta de poupança. Os depósitos feitos antes de 4 de maio de 2012
rendem conforme a regra antiga (0,5% ao mês mais variação da Taxa Referencial).
Quem abriu conta ou fez depósitos após esta data cai na nova regra: se o juro
está igual ou menor que 8,5%, a poupança rende 70% da Selic mais TR.
Até maio de 2013, a Selic estava abaixo de 8,5% e, portanto, estavam valendo
as duas regras. Por conta do baixo patamar do juro, a nova caderneta teve o
rendimento achatado. Conforme o juro subiu e todas as cadernetas passaram a
render 0,5% mais TR, o rendimento das novas poupanças aumentou, mas não o
suficiente para ganhar da inflação.
Aplicações que rendem menos que a inflação geram perda real para o
investidor, uma vez que o retorno não compensa a alta de preços que o consumidor
tem de arcar. Veja abaixo o rendimento das principais aplicações:
Ainda que tenha perdido da inflação,
a arrecadação da poupança foi
recorde em 2013. Alguns motivos, como
simplicidade do investimento
e liquidez, explicam a alta procura.
Além da poupança, os fundos de renda fixa e DI (para pequenos investidores)
também perderam para a inflação. A Bovespa, além de perder, teve queda no ano.