Moody's mantém nota do Brasil, mas alerta para situação fiscal
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Agência de classificação de risco diz que 'Brasil tem flexibilidade fiscal limitada' e que relação dívida/PIB poderá ser o motor de uma mudança na nota de crédito do país

Moody's: agência mantém perspectiva da nota brasileira (Reuters)
"A trajetória que a dívida/PIB tomar influenciará fortemente a perspectiva do crédito soberano do Brasil. Uma questão importante que se coloca à qualidade do crédito é se as autoridades podem restaurar as condições que devem conduzir a uma tendência declinante do indicador de dívida", disse a agência em comunicado.
O rebaixamento da nota de crédito do país tem se mostrado factível desde que a agência Standard & Poor's revisou a perspectiva da nota do Brasil de "estável" para "negativa" em junho do ano passado, usando como justificativa a piora do quadro fiscal do país. Analistas da S&P não descartam a possibilidade de rebaixamento da nota do país ainda em 2014.
Segundo a Moody's, a relação dívida sobre PIB do Brasil tem refletido a deterioração fiscal: o indicador "tem subido em direção à marca de 60%, e a Moody´s estima que poderia alcançar 62% em 2014", comentou a agência no documento.
"O Brasil tem flexibilidade fiscal limitada, diante de uma estrutura rígida dos gastos do governo e uma carga de juros relativamente pesada". A agência disse que o principal desafio que as finanças públicas enfrentam é o persistente aumento das despesas correntes.
PIB — Quanto ao crescimento econômico, a Moody´s disse ainda que espera que a economia cresça no intervalo de 2%.