Bancos de Wall Street recomendam cortar investimento em emergentes
Goldman Sachs sugere cortar aplicações em um terço; Morgan Stanley vê mais desvalorização do real, lira turca e rublo
DA BLOOMBERG NEWS
LONDRES E NOVA YORK - Os maiores bancos de investimentos de Wall Street avaliam que o mau desempenho dos mercados financeiros em países emergentes, o que contribuiu para o melhor resultado desde 1998 das ações de países desenvolvidos no ano passado, vai se mostrar mais do que um movimento de vendas de curto prazo.
O banco Goldman Sachs, por exemplo, recomenda investidores a cortarem aplicações em países emergentes em um terço, projetado “desempenho abaixo da média” para ações, bonds (títulos) e moedas nos próximos dez anos. J.P.Morgan Chase espera que os títulos em moedas locais entreguem apenas 10% do retorno médio registrado desde 2004 no próximo ano, enquanto o Morgan Stanley prevê que o real, a lira turca e o rublo russo continuem em desvalorização, após recuarem 17% no ano passado.
Enquanto as economias do Brasil, Rússia, Índia e China simbolizavam o crescente poder dos países em desenvolvimento durante o pior da crise financeira global, o Morgan Stanley avalia que que algumas dessas mesmas nações podem agora ficar para trás com o Federal Reserve (Fed, banco central americano) iniciando a retirada de estímulos e aumentando juros. O índice MSCI Emerging Markets Index está em queda de 3% neste ano, em comparação à queda de 1,1% do índice dos países desenvolvidos, e atingiu o menor nível em quatro meses.
- O mundo estava há pouco tempo tão hipnotizado pelos mercados emergentes que não distinguiu o bom do ruim”, disse Stephen Jen, sócio da SLJ Macro Partners LLP, que previu corretamente a liquidação das nações em desenvolvimento no ano passado, em entrevista por telefone. - O custo de capital vai começar a se normalizar e é aí que veremos a verdade sendo reveladas nesses mercados.
Os investidores podem encontrar oportunidades em países emergentes na medida em que diferenciarem economias baseadas em crescimento momentâneo, inflação e balanço de pagamentosm, disse Sara Zervos, que ajuda a supervisionar US$ 15 bilhões em ativos da Oppenheimer Funds Inc.
O peso mexicano se apreciou 14% contra o real no ano passado, quando o presidente mexicano Enrique Pena Nieto abriu a indústria de petróleo para exploração do setor privado pela primeira vez em 75 anos. Títulos denominados em uon da Coréia do Sul renderam 2,6% com o superávit em conta corrente atingindo um patamar recorde.
- Haverá uma competição para os fluxos de capital marginais - disse Zervos, em uma entrevista por telefone de Nova York. - Não haverá vencedores e perdedores. Os investidores devem favorecer a
peso mexicano, uon sul-coreano e rupia indiana, evitando o rand sul-africano, real e rupia.
O banco Goldman Sachs, por exemplo, recomenda investidores a cortarem aplicações em países emergentes em um terço, projetado “desempenho abaixo da média” para ações, bonds (títulos) e moedas nos próximos dez anos. J.P.Morgan Chase espera que os títulos em moedas locais entreguem apenas 10% do retorno médio registrado desde 2004 no próximo ano, enquanto o Morgan Stanley prevê que o real, a lira turca e o rublo russo continuem em desvalorização, após recuarem 17% no ano passado.
Enquanto as economias do Brasil, Rússia, Índia e China simbolizavam o crescente poder dos países em desenvolvimento durante o pior da crise financeira global, o Morgan Stanley avalia que que algumas dessas mesmas nações podem agora ficar para trás com o Federal Reserve (Fed, banco central americano) iniciando a retirada de estímulos e aumentando juros. O índice MSCI Emerging Markets Index está em queda de 3% neste ano, em comparação à queda de 1,1% do índice dos países desenvolvidos, e atingiu o menor nível em quatro meses.
- O mundo estava há pouco tempo tão hipnotizado pelos mercados emergentes que não distinguiu o bom do ruim”, disse Stephen Jen, sócio da SLJ Macro Partners LLP, que previu corretamente a liquidação das nações em desenvolvimento no ano passado, em entrevista por telefone. - O custo de capital vai começar a se normalizar e é aí que veremos a verdade sendo reveladas nesses mercados.
Os investidores podem encontrar oportunidades em países emergentes na medida em que diferenciarem economias baseadas em crescimento momentâneo, inflação e balanço de pagamentosm, disse Sara Zervos, que ajuda a supervisionar US$ 15 bilhões em ativos da Oppenheimer Funds Inc.
O peso mexicano se apreciou 14% contra o real no ano passado, quando o presidente mexicano Enrique Pena Nieto abriu a indústria de petróleo para exploração do setor privado pela primeira vez em 75 anos. Títulos denominados em uon da Coréia do Sul renderam 2,6% com o superávit em conta corrente atingindo um patamar recorde.
- Haverá uma competição para os fluxos de capital marginais - disse Zervos, em uma entrevista por telefone de Nova York. - Não haverá vencedores e perdedores. Os investidores devem favorecer a
peso mexicano, uon sul-coreano e rupia indiana, evitando o rand sul-africano, real e rupia.