Plataformas como o Globoplay, a Netflix e o Amazon Prime Video, no entanto, não foram incluídas na lista da big tec
O Google qualificou como “propaganda política” os anúncios da produtora Brasil Paralelo em seu serviço de publicidade, o Google Ads. As informações constam no relatório de transparência de campanhas políticas, divulgado pela empresa norte-americana na semana passada.
Entre novembro do ano passado e junho deste ano, a Brasil Paralelo investiu mais de R$ 300 mil no Google Ads. A presença da produtora no topo da lista foi destacada negativamente no site oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que publicou um artigo no qual define a Brasil Paralelo como “uma produtora de conteúdo com interesse direto em interferir na política nacional com suas distorções e mentiras”.
A lista é formada principalmente por partidos políticos, como o PSDB (R$ 215 mil em gastos de publicidade), o PSB (R$ 175 mil), o União Brasil (R$ 131 mil), o Progressistas (R$ 31 mil) e o MDB (R$ 26 mil). Empresas de gestão eleitoral, plataformas de pesquisa política e candidatos também compõem a lista.
O Globoplay, a Netflix e o Amazon Prime Vídeo também dispõem de séries e filmes relacionados à política. Contudo, apenas a Brasil Paralelo foi incluída no relatório. O anúncio do programa Investigação Paralela, que trata da história de Celso Daniel, teve seus dados expostos pelo Google Ads. Já o documentário O Caso Celso Daniel, da Globoplay, não foi listado.
Outras iniciativas, que também anunciam no Google Ads e têm alto engajamento político, não foram incluídas na lista do Google. É o caso da organização AzMina, que promove candidatos feministas. O coletivo Nossas, que tenta emplacar o Projeto de Lei Amazônia de Pé, é outro exemplo.
Leia também: “Sob o domínio das big techs”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 87 da Revista Oeste
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