quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Algodão do Brasil corresponde a quase 11% da safra mundial

 Usda estima que o país colha 13 milhões de fardos do item neste ano


A produção das lavouras algodão do Brasil deve crescer 18% neste ano
A produção das lavouras algodão do Brasil deve crescer 18% neste ano | Foto: Wenderson Araujo/Flickr

Em 2022, a colheita de algodão do Brasil deverá representar 10,9% da safra mundial da fibra. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) divulgou a projeção na quarta-feira 12.

De acordo com os dados, a produção brasileira da fibra neste ano deve chegar a 13,2 milhões de fardos — ao mesmo tempo em que a safra mundial fechará em quase 121 milhões.

A contagem do USDA indica ainda que a colheita do algodão do Brasil em 2022 será 22% maior em comparação ao ano anterior. O país, portanto, ficou na quarta posição do acompanhamento feito pelo órgão. Com 27,5 milhões de fardos, a Índia aparece no topo, seguida de China (27 milhões) e Estados Unidos (17,6 milhões).

Contudo, os produtores brasileiros ficam ainda melhores colocados nas expectativas para a exportação. Destinando 8,3 milhões de fardos para o comércio exterior, eles aparecem como os segundos que mais venderão o item para as outras nações neste ano, abaixo apenas de seus pares nos EUA (15 milhões).

Em 2022, os embarques do Brasil devem corresponder a aproximadamente 18% de todas as exportações globais de algodão somadas.

A eficiência dos produtores de algodão do Brasil

O USDA estima que a produtividade das plantações brasileiras de algodão seja de 1,8 mil quilos por hectare. Desse modo, as lavouras do Brasil possuem mais que o dobro da eficiência média mundial (800 quilos por hectare).

O consumo interno

Além de ser exportado, o algodão do Brasil deve movimentar a indústria nacional. Pelas estimativas norte-americanas, o mercado de algodão do Brasil deve absorver 3,2 milhões de fardos. Assim, o país terá o oitavo maior consumo do planeta — nos três primeiros lugares dessa lista estão China (39,5 milhões), Índia (26 milhões) e Paquistão (11,2 milhões).

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Artur Piva, Revista Oeste