sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Coordenadora de medicina da UnB deixa cargo após exigência de vacina

 Selma Kuckelhaus disse que sua decisão foi motivada pela “árdua defesa das liberdades individuais”

Dependências da Universidade de Brasília (UnB)
Dependências da Universidade de Brasília (UnB) | Foto: Isa Correa/Secom UnB

A coordenadora da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Selma Kuckelhaus, solicitou na quinta-feira 27 o desligamento do cargo, após a universidade exigir passaporte de vacina para acessar qualquer prédio da instituição.

Em um comunicado aos integrantes do curso, a professora informou que, por não estar vacinada, sua situação ficou em desacordo com a gestão da faculdade. Ela disse também que a decisão foi motivada por sua “árdua defesa das liberdades individuais”.

Professora questiona vacina contra covid

Selma, que é doutora em Ciências Médicas pela UnB, diz que é sensível ao momento pandêmico, mas que as vacinas ainda estão em desenvolvimento e que, nessa fase, surgem inúmeros questionamentos sobre a segurança e a eficácia dos imunizantes.

“Para além disso, as vacinas disponíveis não impedem a infecção e tampouco o contágio, como demonstrado pelos inúmeros casos de infecção de indivíduos vacinados”, disse a professora. 

Para ela, existe uma incongruência na imposição do passaporte sanitário, porque a medida desconsidera indivíduos que se recuperaram da infecção pela covid-19 e que possuem imunidade natural, bem como aqueles que não sentem segurança nas vacinas disponíveis e julgam que o risco supera o benefício. 

Passaporte vacinal

UnB aprovou na quinta-feira 27 o passaporte de vacina contra covid-19 para entrada em qualquer prédio da instituição. A medida, que entrará em vigor 15 dias depois da sua publicação, vale para qualquer pessoa, inclusive visitantes.

A vacinação só será considerada completa após o recebimento de todas as doses disponibilizadas no Distrito Federal para cada faixa etária, incluindo doses de reforço.

Revista Oeste