Mais de 40% da população do planeta confinada devido ao vírus chinês
Mais de 3,38 bilhões de pessoas em quase 80 países ou territórios estão confinadas em suas casas, por decreto ou voluntariamente, para lutar contra o vírus chinês, a Covid-19, segundo um balanço elaborado pela AFP neste domingo a partir de informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número representa quase 43% da população mundial, que a ONU calcula em 7,79 bilhões de pessoas em 2020.
A província chinesa de Hubei e sua capital, Wuhan, origem da epidemia, foram as primeiras a adotar o confinamento, no fim de janeiro. E enquanto estas áreas começam a retomar a vida normal de forma progressiva, após dois meses de isolamento, as mesmas medidas de confinamento aplicadas pela China foram adotadas ao redor do mundo nas últimas semanas.
Mais de 500 milhões de pessoas estavam afetadas por esse tipo de restrição em 18 de março, mais de um bilhão no dia 23, mais de dois bilhões no dia seguinte e mais de três bilhões em 25 de março.
Neste domingo, ao menos 3,381 bilhões de pessoas de pelo menos 78 países e territórios permaneciam em suas casas. A maioria - ao menos 2,45 bilhões de habitantes de 42 países e territórios - estava obrigada a seguir a medida.
Rua vazia em Wuhan, na província central de Hubei, na China, primeiro epicentro do novo surto de coronavírus Foto: STR / AFPA Praça Sergels, em Estocolmo, na Suécia Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFPÔnibus públicos estacionados em uma estação, em Bogotá, na Colômbia Foto: RAUL ARBOLEDA / AFPO vazio Kungstradgarden, em Estocolmo, Suécia Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFPBarqueiros à espera de passageiros, atracados na margem de um rio durante confinamento imposto pelo governo em Daca, Bangladesh Foto: MUNIR UZ ZAMAN / AFPPraça Plaza Grande vazia, com o palácio presidencial de Carondelet, em Quito, no Equador Foto: RODRIGO BUENDIA / AFPPonte do rio Wuhan Yangtze vista à noite, em Wuhan na China Foto: STR / AFPPraia de Miami Beach, Flórida, deserta em 20 de março Foto: CHANDAN KHANNA / AFPPessoas que ainda desfrutam da Praia do Diablo, no Rio de Janeiro, Brasil Foto: MAURO PIMENTEL / AFPMotoristas atravessam o México dos Estados Unidos através do ponto de entrada El Chaparral, durante a pandemia de coronavírus, em San Diego, Califórnia Foto: Sean M. Haffey / AFPMesquita Omar Ali Saifuddien, em Bandar Seri Begawan Foto: DEAN KASSIM / AFPEstradas desertas durante um bloqueio nacional imposto pelo governo como medida preventiva contra a COVID-19, em Nova Délhi Foto: PRAKASH SINGH / AFPPraça de touros de Santamaría, em Bogotá Foto: RAUL ARBOLEDA / AFPA Plaza de Armas, em Santiago, Chile Foto: MARTIN BERNETTI / AFPPonte das Sete Milhas, em Key West, Flórida. Maioria dos turistas deixou a cidade , que fechou fechou hotéis ou aluguéis de férias de curto prazo e pediu que os restaurantes apenas servissem comida para viagem. Praias e parques também foram fechados Foto: JOE RAEDLE / AFPVista aérea mostra área vazia de azulejos brancos ao redor da Kaaba na Grande Mesquita de Meca Foto: BANDAR ALDANDANI / AFPO Kungstradgarden, em Estocolmo Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFPMonumento da Revolução, na Cidade do México Foto: ALFREDO ESTRELLA / AFPA Corniche Beirute, vazia durante toque de recolher, no Líbano Foto: - / AFPUma Grand Avenue quase deserta no centro de Los Angeles, Califórnia, olhando para o sul a partir do Walt Disney Concert Hall Foto: ROBYN BECK / AFPParque de diversões Six Flags, fechado após a decisão do governo de suspender todas as atividades não essenciais para ajudar a conter a propagação da Covid-19, na Cidade do México Foto: CLAUDIO CRUZ / AFPPoucos carros passam pela 280 interestadual, levando a São Francisco, Califórnia Foto: JUSTIN SULLIVAN / AFPEspalande dos Ministérios, em Brasília Foto: SERGIO LIMA / AFPAvenida 9 de Julio vazia, em Buenos Aires Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFPAssentamento informal de Brazzaville, perto de Atteridgeville, em Pretória, na África do Sul Foto: PHILL MAGAKOE / AFPInstalações esportivas e o pátio da escola primária de Jätkäsaari, Finlândia Foto: ANTTI AIMO-KOIVISTO / AFPA rodovia A1 quase vazia perto de Muiden. A União Européia fechou suas fronteiras na quarta-feira para tentar travar a propagação feroz da pandemia de coronavírus Foto: ROBIN VAN LONKHUIJSEN / AFPEstacionamento vazio de um shopping center em Santiago, no Chile Foto: MARTIN BERNETTI / AFPRestaurantes fechados no centro de Tbilisi, na Geórgia Foto: VANO SHLAMOV / AFPPraça vazia do centro da cidade de Rennes, na França Foto: DAMIEN MEYER / AFPO Canal d'Ile-de France, no centro da cidade de Rennes Foto: DAMIEN MEYER / AFPPraia deserta em Miami Beach, Flórida. As autoridades da cidade de Miami Beach fecharam a área da praia que é popular entre os estudantes de faculdade e pediram que se abstivessem de grandes reuniões Foto: JOE RAEDLE / AFPA grande mesquita vazia de Baiturrahman, em meio a preocupações com o novo coronavírus, em Banda Aceh, na Indonésia Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN / AFPCarros estacionados no Centro de Aluguel de Carros no Aeroporto Internacional de San Diego, Califórnia. O turismo em San Diego diminuiu drasticamente devido à ameaça contínua do surto de coronavírus Foto: Sean M. Haffey / AFPEstradas quase vazias em Wuhan, na China Foto: STR / AFPA ponte Gálata, no centro de Istambul, deserta devido ao novo surto de Covid-19 Foto: BULENT KILIC / AFPRodovia vazia Buenos Aires, La Plata, na Argentina Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFPPraça Mauá vazia, na Zona Portuária do Rio de Janeiro Foto: MAURO PIMENTEL / AFPPraça Sergels, em Estocolmo, Suécia Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFPVisão noturna em Wuhan, na província central de Hubei, na China Foto: STR / AFPAvenida Kennedy vazia, em Santiago, Chile Foto: MARTIN BERNETTI / AFPEstradas vazias em Medellín, Colômbia Foto: JOAQUIN SARMIENTO / AFPA ponte Incienso, na cidade da Guatemala Foto: CARLOS ALONZO / AFPTorre del Reformador, na Guatemala Foto: CARLOS ALONZO / AFPVista deserta da via expressa Rajnagar, na Índia Foto: PRAKASH SINGH / AFPRuas quase vazias em Bogotá Foto: RAUL ARBOLEDA / AFPUm estrada vazia na Cidade do Panamá Foto: LUIS ACOSTA / AFPInterseção de Hollywood e Vine, pouco antes do pôr do sol, com tráfego mais leve que o normal, em Los Angeles, Califórnia Foto: MARIO TAMA / AFP
Nenhuma região do planeta escapa deste tipo de medida: Europa (Reino Unido, França, Itália, Espanha, entre outros), Ásia (Índia, Nepal, Sri Lanka...), Oriente Médio (Iraque, Jordânia, Líbano, Israel...), África (África do Sul, Marrocos, Madagascar, Ruanda...), América (Colômbia, Argentina, Peru, grande parte dos Estados Unidos...) e Oceania (Nova Zelândia). Congo-Brazzaville e duas regiões de Gana se unirão à lista no início da semana.
Na maioria dos casos ainda é possível sair de casa para trabalhar, comprar produtos de primeira necessidade ou receber atendimento médico.
Outros territórios (ao menos nove, nos quais moram 511 milhões de habitantes) pediram à população que permaneça em casa, mas sem adotar medidas coercitivas. Este é o caso da Rússia, dos principais estados do Brasil, do Irã, da Alemanha e de Uganda.
Ao menos outros 21 países (onde residem 384 milhões de habitantes) anunciaram toques de recolher e proibiram os deslocamentos ao final da tarde e durante a noite. A medida foi amplamente adotada na África (Egito, Quênia, Costa do Marfim, Burkina Faso, Mali, Senegal, Serra Leoa, Mauritânia, Gabão) e na América Latina (Chile, Equador, República Dominicana, Panamá, Porto Rico).
Outras partes do mundo, como Arábia Saudita, Sérvia ou a capital das Filipinas, Manila, também anunciaram o toque de recolher. Ao menos sete países colocaram em quarentena suas principais cidades, proibindo entradas e saídas. Este é o caso de Kinshasa (República Democrática do Congo), Riad, Medina e Meca (Arábia Saudita), Helsinque (Finlândia) ou Baku (Azerbaijão). Nestas cidades vivem mais de 30 milhões de pessoas.