segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cunha prepara o velório do governo Dilma

Com Blog Felipe Moura Brasil - Veja


eduardo-cunha-relacionou-a-neutralidade-a-infraestrutura-necessaria-para-oferecer-conexao-1383761926246_956x500Com a passagem de Eduardo Cunha (PMBD-RJ) para a oposição, o governo Dilma Rousseff morreu.
A questão, enquanto a Operação Lava Jato não derruba Cunha e ressuscita o governo, é se o presidente da Câmara vai enterrá-lo ou mantê-lo como cadáver insepulto.
A coluna Painel, da Folha, mostra como ele começará o segundo semestre:
“Apesar do ajuste no tom de seus ataques ao governo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai pautar para o primeiro dia de votações após o recesso, em 4 de agosto, o projeto que dobra a correção do FGTS. Antes do rompimento de Cunha com o Planalto, Dilma Rousseff havia pedido pessoalmente o adiamento da tramitação do texto. Na mesma sessão, Cunha pretende votar cinco contas de ex-presidentes para abrir caminho para a apreciação do balanço apresentado por Dilma em 2014.”
Sim: o balanço das contas públicas, que podem ser rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União.
A pressão do governo para evitar a rejeição aumenta a cada dia, por conta do risco de impeachment no Congresso.
“Dilma determinou que seus auxiliares passem a dar ‘atenção permanente’ ao TCU para evitar novas derrotas e até reverter o clima no plenário da corte sobre o julgamento de suas contas do ano passado. O governo também quer colocar Michel Temer na linha de frente das articulações com o TCU. Petistas reconhecem a ascendência do PMDB sobre o tribunal, que tem três de seus nove ministros indicados pela sigla.”
Dias atrás, Cunha havia dito que o parecer do TCU é “supervalorizado” e a decisão final, na verdade, é política:
“Pode haver um parecer pela rejeição e o Congresso aprovar. E vice-versa”, segundo ele.
Se o TCU amarelar, eu voto pelo vice-versa. O governo Dilma tem de ser politicamente enterrado.