Segundo Miro, a reunião era para decidir como o governo do PT obteria maioria no Congresso. Miro disse, sem usar o termo mensalão, que venceu a posição "orçamentária", de comprar o apoio dos parlamentares, contrariando os votos dele e de Palocci.
Vale lembrar que, ainda ministro, Miro revelou ao jornalista Paulo de Tarso Lyra, do Jornal do Brasil, a existência do mensalão (bem antes de Roberto Jefferson denunciar a compra de deputados pelo governo Lula.
Pressionado pela quadrilha petista, Miro recuou espetacularmente, desmentindo Paulo de Tarso Lyra, que chegou a ser ameaçado de demissão pelo JB. Tarso hoje atua no Correio Braziliense.
Veja o que Miro disse à Folha:
"Houve uma reunião em janeiro. Havia quem dissesse que a maioria poderia ser em torno de projetos. E havia quem dissesse que ´aquele Congresso burguês` poderia ter uma maioria organizada por orçamentos. Essa tendência dos que quiseram organizar pelo orçamento foi vitoriosa.
O Palocci se debateu muito para se trabalhar pelos projetos, dizendo que o PSDB, sem dúvida, apoiaria."
Sobre o afastamento de Dilma por corrupção:
"Não há possibilidade de se iniciar um processo de impeachment. Eu digo peremptoriamente, não há possibilidade. A interrupção involuntária do mandato não acontecerá, porque a Dilma não tem na testa o estigma da desonestidade".
Sobre Eduardo Cunha: "Seria útil se ele renunciasse ao mandato".
Sobre Eduardo Cunha: "Seria útil se ele renunciasse ao mandato".