A nomeação foi submetida pelo eurodeputado Branko Grims e precisa ser aprovada por um comitê; Donald Trump e María Corina Machado também são cotados para o prêmio
O empresário Elon Musk foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelo deputado esloveno Branko Grims, que atua no Parlamento Europeu. A indicação foi divulgada pelo parlamentar nesta quarta-feira, 29.
Segundo Grims, Musk foi indicado por “seu apoio constante à liberdade de expressão como um direito humano fundamental e, consequentemente, à paz”. Apenas algumas pessoas e grupos podem indicar candidatos ao Prêmio Nobel da Paz, como chefes de Estado, membros de governos, parlamentares, reitores e professores universitários de áreas como história, filosofia, ciências políticas e direito.
Também podem indicar membros de tribunais internacionais, diretores de institutos de pesquisa sobre paz e relações Branko Grims @BrankoGrimsX · Seguir The proposal that Mr. Elon Musk, for his consistent support for the fundamental human right of freedom of speech and thus for peace, receives the Nobel Peace Prize 2025, was successfully submitted today. Sincere thanks to all the co-proposers and everyone who helped with this… Mostrar mais
Também podem indicar membros de tribunais internacionais, diretores de institutos de pesquisa sobre paz e relações internacionais, além de ex-vencedores do prêmio. Embora os nomes dos indicados sejam geralmente secretos, quem faz a indicação pode divulgá-los.
O processo de nomeação dura oito meses e envolve o Comitê Nobel Norueguês, composto por cinco membros, um secretário e conselheiros, que preparam relatórios sobre os candidatos. Esses relatórios são concluídos até o final de abril e analisados pelos membros do Comitê, que também consideram outras informações.
Durante o verão, o Comitê faz novas deliberações, solicita mais relatórios e reduz o número de candidatos até chegar a um grupo pequeno para a decisão final.
Quais os efeitos de ser indicado ao Nobel da Paz?
Uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz não traz benefícios imediatos, mas pode melhorar a reputação e a influência do nomeado. O reconhecimento público fortalece sua imagem e dá mais visibilidade às suas ações e ideias.
Em alguns casos, a nomeação pode validar políticas ou movimentos, aumentando sua importância global. O processo também destaca questões como direitos humanos e liberdade de expressão.
Mesmo sem vencer, a nomeação é um marco importante, sendo frequentemente mencionada na trajetória de pessoas ou organizações. No entanto, com milhares de indicados, poucos chegam às etapas finais. Além de Elon Musk: os outros nomes indicados ao prêmio
Além de Elon Musk: os outros nomes indicados ao prêmio
Donald Trump, María Corina Machado e Elon Musk foram indicados ao Nobel da Paz | Foto: Reprodução/Redes sociaisAlém de Elon Musk, outros nomes foram indicados ao Prêmio Nobel da Paz de 2025. Os russos Ivan Alekseyev e Elizaveta Gyrdymova receberam indicação de Arnfinn Muruvik Vonen por, segundo ele, “representarem, com suas vozes, uma nova geração que defende com força os valores humanistas”.
A kosovar Feride Rushiti foi indicada por Magnus Jacobsson em reconhecimento à sua contribuição “para o avanço dos direitos humanos, a dignidade dos sobreviventes e a reconstrução de comunidades marcadas pela guerra”.
Da Venezuela, María Corina Machado foi indicada pela Inspira América Foundation e pelo senador norte-americano Rick Scott.
Segundo os responsáveis, a nomeação se deve à “incansável luta pela paz na Venezuela e no mundo, um justo reconhecimento a quem dedicou quase toda a sua vida à defesa da liberdade” e por sua “liderança corajosa e altruísta, além da dedicação inabalável à paz e aos ideais democráticos, chamando a atenção para as violações de direitos humanos sob o regime de Maduro”.
A italiana Porpora Marcasciano também entrou na lista, destacada por sua “atuação incansável ao longo de cinco décadas na defesa dos direitos LGBTQ+, promovendo inclusão e reformas sociais e legais para garantir igualdade e dignidade a comunidades marginalizadas em todo o mundo”.
Já o palestino Mazin Qumsiyeh foi indicado por Mairead Maguire, que recebeu o prêmio em 1976, por seu “legado duradouro e a iniciativa ‘Rodas da Justiça’, na qual defende o fim da ocupação e a criação de um Estado democrático único em Israel-Palestina”.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu
indicação do deputado ucraniano Oleksandr Merezhko por seus
“esforços para conter a agressão da Rússia contra a Ucrânia,
buscando uma solução baseada no direito internacional, incluindo
princípios como integridade territorial, respeito à soberania da
Ucrânia e não uso da força”.
Revista Oeste