terça-feira, 31 de maio de 2022

Iochpe-Maxion e EPL, da Índia, investirão cada uma R$ 100 mi em fábricas no Brasil

 Maior fabricante de rodas automotivas do mundo quer atender o agronegócio com fábrica de Cruzeiro, interior paulista

O novo investimento da Iochpe-Maxion vai ampliar a produção da empresa
O novo investimento da Iochpe-Maxion vai ampliar a produção da empresa | (Foto: Reprodução/Exame)

Uma multinacional brasileira e uma grande companhia indiana do setor de embalagens anunciaram investimentos, cada uma, de R$ 100 milhões em fábricas nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

A primeira a fazer o anúncio é a EPL. A companhia da Índia vai investir o montante em uma fábrica na cidade de Seropédica, no Rio de Janeiro, para a produção de tubos de cremes dentais para o gigante P&G, a Procter & Gamble.

A previsão é que a unidade comece a operar ainda em 2022, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro. A EPL possui fábricas em mais de dez países no mundo e já conta com operações na América Latina, como México e Colômbia. Agora, entra de vez no Brasil.

Em fevereiro de 2022, o CEO da EPL, Anand Kripali, afirmou que faria investimentos no Brasil com uma multinacional, sem revelar qual, com um acordo de longo prazo. Na teleconferência, ele revelou que a produção no Brasil seria 60% voltada para higiene bucal e 40% para cosméticos em outras áreas.

Na mesma fala, ele enalteceu o potencial do mercado consumidor no Brasil. O país, segundo ele, é um dos maiores mercados emergentes do mundo. “(O Brasil) Nos dá uma base e acesso a um mercado muito grande, tanto do tamanho de mercado existente quanto também em termos de potencial de crescimento”, disse Kripalu.

Outro investimento vai partir da multinacional brasileira Iochpe-Maxion, maior fabricante de rodas automotivas do mundo, fundada em 1918 no Rio Grande do Sul. Os R$ 100 milhões serão destinados para uma fábrica em Cruzeiro, cidade de 82 mil habitantes, para elevar em cerca de 25% a produção de rodas para caminhões e máquinas agrícolas.

O aporte vai abranger a ampliação da produção dos chamados componentes estruturais, como chassis para veículos comerciais. A decisão de investir se deve sobretudo pela demanda do agronegócio no país, que abre espaço para o aumento da capacidade na fábrica. A expansão vai abrir novas vagas de trabalho na unidade, mas a companhia não revela quantas posições serão abertas.

Bruno Meyer, Revista Oeste