terça-feira, 7 de dezembro de 2021

'Como chegamos até aqui? Levanta e vamos, o Brasil tem jeito!', por Cláudio Luís Caivano - Advogado (vídeo)

 

Como chegamos até aqui com este estado de coisas, de pessoas, de eventos e omissões, de caçada à opiniões, ouvindo especialistas de ocasiões?

Infelizmente parece que sim, dois anos parados, ficamos estagnados, população mais pobre inerte e à míngua, redes sociais segurando a língua, de qualquer um que se atreva a pensar diferente, cometemos o ledo engano do medo e a punição inclemente, vem vindo lentamente como arremedo, um futuro distópico e contundente se apresenta qual estória mal contada.

Antes de mais nada, é preciso entender onde cada um de nós estava, desde o início desta caminhada, desde aquilo que chamam de redemocratização de nossa Pátria Amada e Idolatrada, salve, salve.

Salve ó Pátria amada ou salve a Pátria, amada?

Ponto de inversão propagada, anunciada pela Constituição promulgada, recentemente, inabilmente, chamada Carta “Magda”, por senadora da república, e nem foi na CPI do circo. Algo que ao menos em tese, preliminarmente, demonstra a qualidade dos congressistas, dos legisladores, os notáveis senhoras e senhores que determinam o futuro de nossa nação, Pátria amada, salve, salvem-se!

Percorremos 33 aos, desde então, confesso que vi muita coisa da qual podia escrever, vi coisas e pessoas, surgir e desaparecer, tudo como num passe de mágica, aquela coisa “pra inglês ver”. No meio do caminho vi plebiscito de estatuto do desarmamento não ser cumprido pelo governo, só porque o governo da ocasião não concordava com a decisão conflagrada pela população.

A pergunta que me resta, que tipo de democracia vivemos na nação?

Alguns anos antes, sem nenhum alarde, o que hoje é tão falado, PL de projeto de lei, PEC de projeto de emenda à Constituição, nem passava pela cabeça do homem comum, o pacato cidadão, que não se deixava chamar a atenção, ao menos, à toa não, como diz a canção. Por isso mesmo a 45 de 2004 passou, não pusemos atenção e o STF passou a se sentir poder moderador, desde então, mas só tiveram coragem de falar agora, lá na europa.

Lutador e valente é todo cidadão brasileiro, genuinamente. Sobrevivemos todo esse lapso temporal sem saber o que era estabilidade econômica até o advento do plano Real. Aliás, foram tantos planos que pra enumerar fica difícil, cruzado e cruzado II, não se engane, não estou narrando luta de boxe, teve o Bresser, super inteligente, por o nome do ministro, talvez se deva ao fato de que, realmente, ele acreditava, que “aquilo” pudesse dar certo.

E o que veio, depois, então? Feijão com Arroz e plano verão. Veja meu amigo, que criatividade!

Isso vindo do então, presidente, e estamos falando do 6º ocupante da cadeira 38 da ABL.

Isso, ABL é a academia Brasileira de Letras, aquela que escolheu o Gilberto Gil, como membro. Se a cadeira era a da lacração, realmente não sei, não é por força de expressão, ele usa mesmo o malfadado “pra mim fazer”, ainda que “mim não devesse fazer nada”, na língua e na literatura, pra eles, talvez, seja mera, criativa liberdade e, eu que não sou crítico literário, não tenho o direito de analisar sua inventividade, de um poeta da modernidade, que já foi ministro da cultura!

Voltemos aos planos econômicos, tivemos Collor, Collor II e o Marcílio, mais um nome de ministro, mais uma vez um fracasso. Collor foi impichado, defenestrado e o plano econômico, afundado. Enfim veio o Plano real, do vice do Collor, Itamar Franco e olha que numa ordem surreal, ele mandou voltar a fabricar o fusca. Tinha como tudo isso dar certo? Ao menos pra moeda, parece ter dado e o dragão da inflação galopante, agora é um arquétipo inclemente de financistas e economistas!

FHC fez dois planos em seus dois mandatos, “Brasil em ação’ e “Avança Brasil”. Aquele “descondenado” fez o “Brasil de Todos” e primeiro “PAC”, bateu recorde, infame, por sinal, foi de consumo de dinheiro e corrupção, uma deprimente visão do mal!

A sua poste..pior sucessora fez o “Brasil maior”. Não me entenda mau, amigo leitor, foi o nome do plano, na verdade em seu governo o Brasil retrocedeu, ao menos 20 anos, favas contadas, saudar mandioca e estocar vento foram, somente dois de seus naufrágios inenarráveis.

Temer quis lacrar e lançou o “Agora é avançar”, mas não foi muito longe, seu governo tampão logo acabou e tudo permaneceu, quase onde estava mesmo.

Por fim, desde 2019 temos o Plano Mais Brasil, sem achismos, só arrumar a casa. Fechando a torneira da corrupção e, sigamos adiante. Havia mais de 6.000 obras inacabadas quando o governo começou, agora restam menos de 2.000 e incontáveis outras foram iniciadas e entregues, desde então.

Será que isso explica como chegamos até aqui? Definitivamente, não!

Mesmo que tenham sido 16 planos econômicos em 33 anos, como eu disse, desde a redemocratização, não foi isso que nos trouxe até aqui, vai muito além...

Um país não é feito somente de planos econômicos, é feito também de cultura e educação. Por mais que “esquerdosos” batam no peito e digam que agora não se fomenta a cultura, passe a entender as coisas pelo nome que tem, agora é que a cultura tem futuro e, sem dinheiro de Rouanet pra orgia, esquizofrenia, diacronia, cacofonia, neurastenia, megalomania, cleptomania e pra toda aquela nefasta folia, com dinheiro público. Vamos aguardar o que vai ser da famigerada Lei Paulo Gustavo, mais uma esseteefemania.

Ainda que eu não esteja satisfeito e muito menos contente, esse claudicante estado de direito está causando mais mal pra nossa gente do que todos os governos esquerdistas anteriores. Vivemos uma cleptocracia que alijou o executivo e mesmo assim, tem feito muito mais do que todos os anteriores somados e com mais uma benção, nenhum caso de corrupção, pra inveja dos revoltosos e “esquerdosos” de plantão.

Para todos aqueles que esperavam o pé na porta, como eu mesmo esperei, uma transição pacificadora pode ser o prenúncio de uma paz duradoura. O que a Pátria Amada precisa não se faz por meio de uma ditadura, muito menos de revolução. Não adianta ficar repetindo pra fechar congresso ou tomar o judiciário, muda o disco, amplia o vocabulário, você dormiu por 30 anos, acorda certo dia e se acha conservador, querendo mandar no presidente como se ele fosse um Sebastião, o salvador?

Acorda menino, o jogo é pra ser jogado. A guerra não é ganha com fanfarronice, muito menos “bundamolice”. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, reclama, questiona, mas também aplauda, porque o cara montou um grupo de notáveis, tomou porradas incontáveis, que mais me faz lembrar um filme de Rocky Balboa, do que o presidente do Brasil, e na boa, a única coisa que ele te pediu foi pra continuar acreditando, larga mão de gritar à toa, ele tirou a esquerda do poder!

Levanta e vamos, o Brasil tem jeito.

Confira:

Jornal da Cidade